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22 outubro, 2010

Invisible

Hoje só vou aparecer offline.



Vou imitar minha inspiração.
Mãos ausentes.
Silenciosas.

Veja apenas meu sorriso.

15 outubro, 2010

O Professor está sempre errado

Não costumo postar textos de terceiros em meu blog, afinal, ele é meu espelho. Mas aqueles que merecem, logo posto. Recebi esse texto por e-mail, autoria do admirado Jô Soares no dia dos Professores. Palavras de mais pura verdade. Dispenso minhas palavras, contente-se com as do apresentador. Logo saberá porque me intrigou o texto.



O Professor está sempre errado

(Jô Soares)

O material escolar mais barato que existe na praça é o professor!
É jovem, não tem experiência.
É velho, está superado.
Não tem automóvel, é um pobre coitado.
Tem automóvel, chora de "barriga cheia'.
Fala em voz alta, vive gritando.
Fala em tom normal, ninguém escuta.
Não falta ao colégio, é um 'caxias'.
Precisa faltar, é um 'turista'.
Conversa com os outros professores, está 'malhando' os alunos.
Não conversa, é um desligado.
Dá muita matéria, não tem dó do aluno.
Dá pouca matéria, não prepara os alunos.
Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Não brinca com a turma, é um chato.
Chama a atenção, é um grosso.
Não chama a atenção, não sabe se impor.
A prova é longa, não dá tempo.
A prova é curta, tira as chances do aluno.
Escreve muito, não explica.
Explica muito, o caderno não tem nada.
Fala corretamente, ninguém entende.
Fala a 'língua' do aluno, não tem vocabulário.
Exige, é rude.
Elogia, é debochado.
O aluno é reprovado, é perseguição.
O aluno é aprovado, deu 'mole'.

É, o professor está sempre errado, mas, se você conseguiu ler até aqui, agradeça a ele!

11 outubro, 2010

Politicamente Correto?



03 de outubro. 7h00. Diadema.
Essa era a rua da escola onde fui mesária. Era a mais limpinha da cidade. Esses papéis eram poucos perto do que meus olhos conseguiram ver no caminho.
Pior ainda era a rua da minha seção eleitoral. Me senti pisando em ovos, só que em vez de ovos, pisava em papéis molhados pela chuva.
Horrível caminhar assim. Não tive tempo de testemunhar nenhuma queda, mas tenho certeza que muita gente deve ter caído naquela lama de "santinhos".
Não consigo entender o desespero desses políticos em despejar tantos papéis na rua. Devem sentir prazer em ver os eleitores pisando em suas caras.
Não é correto fazer boca de urna no dia da eleição, isso todo mundo sabe. Todo mundo também sabe que passam dias antes da eleição enchendo nossas caixinhas de correio e nossos quintais com papéis divulgando números, legendas partidárias e propostas.
Tem gente que não dá a mínima pra essa papelada toda. Retira da caixinha e manda direto para a lixeira.
Depois chega na seção eleitoral para votar e não sabe pra quem dar o seu voto.

É aí que entra a lama de papel da foto acima. O cara em desespero, em busca de um representante para seu país (nesse caso, precisa de seis números), para em meio aos papéis, fecha os olhos, abaixa-se e pega um santinho. Pronto. Ali está o seu voto, super seguro e secreto, super pensado e politicamente correto. (Esse votou literalmente no escuro, e além de tudo teve a sua maior queda).

Tenho certeza que muita gente pega papel da lama para votar no último minuto. Ouvi isso de um eleitor na hora de votar. Se ninguém pegasse, não haveria esse exagero de lixo pra gente pisar.
Nunca peguei papel do chão pra votar. Tento observar a campanha eleitoral durante o processo e até aceito sugestões de amigos sobre deputados estaduais e federais. Mas o restante eu decido. Sigo minhas convicções. Faço minha própria colinha e levo no bolso.
Esses papéis jogados na rua não descem na minha garganta. Não descem.