"Ana e Pedro - cartas" de Vivina de Assis Viana e Ronald Claver
Trabalhando cartas com o sexto ano, encontrei no livro didático uma carta de Ana para Pedro. Carta de uma desconhecida para outro desconhecido. Li a carta para os alunos, pedi que respondessem no lugar do Pedro...Achei que a história pararia aí, mas não foi bem assim.
Quando estávamos na sala de Leitura, encontrei o livro com TODAS as cartas escritas pelos dois jovens. Não resisti e peguei para ler. Li mais ou menos duas cartas e emprestei o livro à uma aluna que também ficara curiosíssima, com os olhos vidrando de vontade de ler as cartas. Emprestei porque estava terminando de ler umas crônicas do Carlos Drummond.
Cartas de Ana e Pedro me fizeram lembrar muito das obras da Lygia Bojunga, a linguagem poética do Pedro muitas vezes me fez pensar que eu estava a ler uma das encantadoras histórias da Lygia. Aquelas cartas me prenderam de tal forma, que eu queria brigar com o tempo para continuar lendo, esqueci até os joguinhos viciantes do celular... só queria saber o desfecho do diálogo entre os dois adolescentes...
A comunicação dos dois me inspirou tanto que resolvi propor um intercâmbio de cartas entre turmas de diferentes escolas. (Está acontecendo de um jeito muito engraçado).
Sempre amei escrever cartas, desde menina trocava cartas com as coleguinhas que deixava em cada escola que passava. Escrever uma carta desperta sentimentos ímpares: a espera pela resposta trazida pelo carteiro, o momento da abertura da carta, a leitura, as descobertas, o momento para processar as respostas e sentar para escrever é para mim, um ritual mágico.
Esse lance de trocar cartas é uma experiência incomparável. Só quem já viveu saberá entender a ansiedade desses dois adolescentes nessa comunicação que hoje já não é tão comum.
Terminei o livro e fiquei com aquela sensação de "quero mais"...queria saber se continuaram se escrevendo, se conhecendo...queria saber o futuro dos dois...
Adorei a leitura e indico para pessoas curiosas, que adoram ler cartas e saber como acontecem relacionamentos de modos não convencionais!
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18 setembro, 2013
04 abril, 2013
O livro Infantil e a formação do leitor - mais uma leitura cativante
Em pesquisa para escrita de um artigo sobre leitura nas séries inicias, encontrei esse livro da Maria Dinorah, até então desconhecida pelas minhas retinas.
Livrinho fininho, cativante, que fala de maneira leve e gostosa da situação do livro e da literatura infantil no nosso país desde a época em que ainda não havia literatura para os pequenos.
Em meio à poemas e cartas de pequenos leitores endereçadas à Dinorah, fui aprendendo como o livro infantil ganhou espaço aqui no Brasil - famoso por festas, batuques, simpatia e alegria, exceto por literatura infantil.
Refleti sobre meu eu leitor, sobre como comecei a trilhar esse caminho, sobre a forma como influencio minhas crianças que já não são tão crianças (e isso me faz lamentar, ao pensar que se os encontrasse mais cedo, poderia contaminá-los um pouco antes com a magia da leitura), pensei na minha missão como formadora de leitores, e é isso que tenho sido, de forma pequena, com trabalho de formiguinha, mas que gera resultados que de vez em quando me emocionam e não me deixam perder a esperança, dando-me forças para continuar. Numa disputa diária, já que o livro concorre com as mídias e todo o avanço da tecnologia, deixando de ser tão atrativo para a infância de hoje, bem diferente do que foi pra mim, o livro povoou a minha infância inteira e me inspirou nessa missão de ser professora.
O professor, a família, todos tem grande influência na formação de uma criança leitora, mas o livro precisa ser bom, precisa não ser imposto, há de haver aquele momento único, mágico ao qual chamamos de CATIVAR.
"O livro infantil e a formação do leitor" é muito bom, deve ser saboreado por aqueles que tem curiosidade sobre como nasce um leitor e saber como o livro infantil ganhou espaço em nosso país.
11 janeiro, 2013
Poema receita
Olha só minha amiga
Você que sofre com a invasão
De formigas intrometidas
Que atacam sua cozinha
Comendo seu doce e seu pão,
Anote essa dica
Arraze tem a solução
Pra expulsar as formigas
Basta essa simples injeção
Acaba com as doceiras
com as operárias caseiras,
com as operárias caseiras,
Até a excelentíssima rainha
Vai parar com a procriação.
Eu usei e funcionou
O que você tá esperando?
Paguei só R$7,90
E o sofrimento acabou!
(Jaque Flowers)
23 novembro, 2011
Dá tempo!
Não vim fazer um balanço anual, apenas pretendo registrar alguns sentimentos recentes.
Quando 2011 começou, decidi que seria o ano da vitória. Muitos anseios e medos habitavam meu interior, fazendo-me parecer menor que já sou.
Medo de não adaptar, medo de decidir, medo de perder, medo de não alcançar, medo de chorar, medo de partir, medo de não dar tempo... Muitos medos que não dá mais pra contar!
Consequentemente ao meu decreto de vitória, venci o medo e me adaptei a novas situações, novos meios, novo sistema. Alcancei muitas metas, chorei, desabafei, inchei os olhos, deixei ir tantas coisas que já não me pertenciam, tanto sentimento alheio a essa menina vitoriosa.
Deu tempo de aprender, tempo de conhecer pessoas incríveis, de deixar velhos hábitos de lado... Deu tempo de reencontrar minha mamãe, irmã e conhecer os sobrinhos...Ah!..que encontro rápido e intenso!
Deu tempo de matar a saudade, deu tempo de amar, deu tempo de agradecer a Deus, deu tempo de pedir paciência, deu tempo de ler, cantar, dormir, pular e dançar!
Deu tempo para contar borboletas, de lixar as unhas, deu tempo de escrever o que sentia, deu tempo de arriscar!
Consegui errar e aprender. Consegui ouvir e dizer o que sentia.
Senti que deixei o medo partir, tive coragem para fazer as escolhas certas, pensando no que é melhor para mim. Creio que esse 2011 foi o ano da coragem, esse foi o ano que tornou-me um pouco mais matura.
Ainda não cumpri todas as metas de 2011. Mesmo assim agradeço a Deus pelo que consegui alcançar até o momento e peço sabedoria e força para tomar as decisões certas e dentro do prazo.
Deu tempo de saber que não sinto mais medo!
Deu tempo de saber que não sinto mais medo!
21 outubro, 2011
Rosinha, Minha Canoa...
Em uma das minhas visitas à sala de
leitura da EE deputado Gregório Bezerra, me deliciando com os inúmeros títulos
que povoam aquele espaço, encontrei o livro "Rosinha, minha canoa",
do autor José Mauro de Vasconcelos.
Das obras do autor, até hoje só havia lido
o livro "O Meu pé de Laranja Lima" - li não, mergulhei na história do
menino Zezé e sua infância que me fez debulhar em lágrimas, todas as cinco
vezes que o li. Descobri o autor na minha infância, mas até hoje carrego esse
livro, como quem carrega um presente, um tesouro, um livro que fiz questão de
comprar e ter na minha estante para ler sempre que desejar.
Até então, não havia mais sentido a
alegria e o despertar iluminado para ler outro livro do José, apesar
da minha amiga Raquel já ter comentado da beleza de "Rosinha, minha
Canoa".
Finalmente, ontem tive a oportunidade de
encontrar esse tesouro escondido em uma caixinha com outros livros, que
imediatamente ficaram invisíveis quando meus olhos cruzaram com o nome JOSÉ
MAURO DE VASCONCELOS naquele livrinho tão frágil.
Apanhei-o. tão pequenino (menor que um
palmo da minha mão), gasto pelo tempo, com um descascadinho quase apagando o
nome da editora Melhoramentos no rodapé da capa, cor desbotada pelo tempo e
provavelmente pelo contato das muitas mãos que evidentemente já o carregaram.
As páginas amareladas, soltando aquele cheiro bom de livro misturado com o
tempo, que particularmente adoro.
Todas essas características logo
despertaram em mim o desejo de desvendar aquelas páginas. Sei que tem gente que
não gosta de "livro velho", mas se tem coisa que me deixa satisfeita,
é pegar um livro gasto pelo tempo, sentir que muitas mãos os pegaram, muito
olhos deslizaram por cada uma das linhas, sorrindo, emocionando, se revoltando,
lendo...
Viajo mais ainda quando vejo uma manchinha
de líquido na folha, fico imaginando se terá sido uma lágrima, suor, suco,
café... Penso isso porque tenho muitas lágrimas hospedadas em muitos livros que
já li, inclusive do "O Meu pé de Laranja Lima". E nessa viagem fico
pensando: “Quem mais terá notado quanta emoção há impregnada nas páginas de um
livro velho”?
Voltando ao momento do encontro com
"Rosinha, minha canoa", quando peguei o livro, senti que estava
gasto, observei a capa com a figura de uma canoinha frágil, com uma figura
humana segurando um remo, navegando em águas já esbranquiçadas pelo tempo, no
canto inferior, a imagem de um pássaro que desconheço o nome, formando um
cenário convidativo, não demorei: abri o livro, li com emoção a "Explicação"
do autor para uma aluna que me acompanhava no "garimpo dos livros".
Decididamente sorri, fechei o livro e
disse "vou levar".
A linguagem delicada, poética, leve,
simples, linda e engraçada do José Mauro de Vasconcelos, despertaram todo o
gosto adormecido que havia sentido quando li "O Meu pé de Laranja
Lima".
Hoje li no ônibus, estou no terceiro
capítulo, confesso que já estou encantada pela Madrinha Flor, a simplicidade e
graça do Zé do Adeus (dei boas gargalhadas no ônibus, lendo a consulta dele com
o Doutor), o jeito "xengo-delengo-tengo" de falar da canoa, o jeito simples
e gostoso de ser do Zé Orocó... Já vi que esse livro vai para minha cabeceira,
fazer companhia aos outros que me fazem sorrir.
02 agosto, 2011
Pra onde vai?
Outro dia me perguntei pra onde é que vai toda a quinquilharia que vivo perdendo dentro de casa. Tenho o dom de perder minhas coisas nos momentos em que mais preciso delas. Não pensem que sou a pessoa mais desorganizada do mundo também não sou um exemplo de organização, mas procuro colocar cada coisa em seu devido lugar.
Compro um pacote de xuxinhas (prendedores de cabelo) e um mês depois não encontro uma pra remédio. Brilho labial, canetas, pen drive, documentos, cartão, protocolos, anotações, aquela blusa... São tantas coisas que a gente vai perdendo que pensei que era bem melhor não escrever nada a respeito. Já que perder é tão comum, que até existe santo pra gente prometer pulinhos caso encontre as coisas.
Quem será que pega? Quem esconde? Meus alunos disseram que o saci esconde tudo no redemoinho...
A nova música dO Teatro Mágico traduz ao pé da letra o que penso e o que passo. O título da música é perfeito. Essas coisas se perdem exatamente quando os olhos piscam.
Simplesmente curti.
12 dezembro, 2010
Poesia na caixinha de Chá
Há dias em que acordamos com olhar poético. Vemos poesia no nascer do sol, no café da manhã, no trânsito parado, na notícia do rádio, num simples frase de um aluno, na simples brisa do vento a tocar a face durante uma viagem.
Curto demais as coisas simples da vida, tenho um pouco de Rubem Alves no olhar, descobri isso no pouco que já li dele.Nesses dias tão cheios de notícias repetitivas, a gente precisa descobrir algo novo, e pra ser novo, surpreendente, precisa vir das pequenas coisas. Como o brotar de uma violeta da Primavera, justo aquela que você não molha...Isso merecia destaque na mídia.
Estava falando do olhar poético. Outro dia tive uma descoberta poética aqui dentro de casa, que quase me fez chorar de tanta alegria!
Gosto muito de chás, não mais que café. Mas gosto de chás. Naquela onda de frio que fazia no meio do ano, comprei três sabores diferentes de chá Leão. Em um desses dias congelantes, resolvi preparar um chazinho para tomar antes de dormir.
Foi nesse momento que descobri poesia pura na caixinha de chá! identifiquei-me tanto com aquela descrição poética, que tive certeza que aquilo havia sido feito pra mim! Tratei logo de pegar as outras duas caixas, li com voracidade, como quem procurava desvendar um enigma, chamei a Andressa (minha vizinha) e compartilhei com ela aquele sabor poético! Contei pra minha sister Lih (via msn) e fiquei tão encantada com aquela descoberta que passei dias falando.
Para quem não conhece Chá Leão, escaneei as descrições de cada caixinha. Meus olhos viram poesia pura nessa descrição, chego a pensar que a pessoa que as criou é muito parecida comigo: vê poesia nas coisas simples. Por que não colocar poesia na caixinha de chá?Eis as caixinhas pela ordem de leitura
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Bom Chá!
21 junho, 2010
"Da energia se fez a vida"
Essa imagem é simplesmente demais, o texto (publicado em uma revista) é encantador.
Fico pensando na beleza e mistérios da natureza.
O homem não entende e por mais que tente, não consegue vencer a força da natureza.
Como é que pode? Um Ipê (arrancado para ser poste) florescer...
Não se preocupe em entender. Apenas admire!
Fico pensando na beleza e mistérios da natureza.
O homem não entende e por mais que tente, não consegue vencer a força da natureza.
Como é que pode? Um Ipê (arrancado para ser poste) florescer...
Não se preocupe em entender. Apenas admire!
10 junho, 2010
De montão
Para os admiradores de Doritos, Baconzitos e Ruffles, chegou De Montão!
O salgadinho que é tudo isso junto! Maravilha, você não enjoa e varia...
Para quem gosta de variar um pouco ou comer tudo ao mesmo tempo.
Cá pra nós, quem inventou o salgadinho de pacote roxo deve ser um desses que curte variedade!
Aprovei a ideia, comi hoje e indico, vá ao mercado e coma De Montão!
O salgadinho que é tudo isso junto! Maravilha, você não enjoa e varia...
Para quem gosta de variar um pouco ou comer tudo ao mesmo tempo.
Cá pra nós, quem inventou o salgadinho de pacote roxo deve ser um desses que curte variedade!
Aprovei a ideia, comi hoje e indico, vá ao mercado e coma De Montão!

20 maio, 2010
Sarau na Olíria
Fim de noite
volta pra casa
menina com pressa
espremida no metrô
Cochilo no ônibus...
Compras no shopping:
Papel...CD...papel...palavras
livro para presente...
Come o lanche que viu ontem na TV
Deixa a Coca,
era muito.
Volta ao caminho,
Dessa vez andando,
saltitante,
Músicas a seus passos embalar...
Passa no mercado,
apanha a Revista mensal,
vai lendo...
O sorriso vira gargalhada,
A crônica se mistura à música,
ao riso...
Passa diante da Biblioteca.
A porta está aberta,
bate a curiosidade:
"O que tem aí?"
"Sarau..."
A menina que nunca viu um...
Sobe as escadas
e se encanta...
Sarau na Olíria,
Quero isso todo dia!
Jaqueline Flores
Momento de muita alegria vivido no que era pra ser o final da minha noite de quinta-feira,voltando de mais um dia reflexivo e emocionante na PUC.São essas pequenas alegrias que carregam minha vida de poesia e inspiração.
Entrar na livraria, escolher um livro para presente,
ouvir O teatro Mágico,
Ler a crônica da Lúcia na Revista da Coop
eram só um pretexto...Sumiu a pressa,em lugar dela, surgiu uma porta aberta, pessoas em roda, livros no chão e poesia no ar...Patativa na voz "assotacada" da mulata,O batom no rosto da dançarina,o brilho nos olhos de cada vida ali presente,senti emoção,esboçada em riso, em suor, em tremor,meu coração há muito não batia tão acelerado,escrevi esse poema enquanto meus ouvidos eram amaciados pelas palavras lidas de Cecília Meirelles,Quando li,voz embargada e firme, mãos trêmulas,olhos surpresos ao redor,ao fim...aplausos e olhares de alegria e lágrimas de emoção.
Sabia de Sarau na teoria,mas não há teoria que pague esse momento tão único,tão poético...Se Sarau é tudo isso que vivi hoje,Só sei que agora quero isso todo dia!
17 abril, 2010
Cara de quem?
Perambulando pela internet, encontrei no baixaki , a divulgação do site CELEBITY COLLAGE. Que consiste em comparar você a celebridades mundiais.
É simples, você envia uma foto de rosto, automaticamente o site informa quais as celebridades se parecem com você.
É um programa de reconhecimento facial. Achei engraçado, por isso quis compartilhar. Sempre nas minhas comparações com celebridades, gostei de me comparar à Tyra Banks. Lembro que no curso de Inglês que fiz em 2004, tínhamos que usar crachás de celebridades, o meu era da Tyra. Pois não é que segundo o site temos 76% de semelhança facial?
O que mais me surpreendeu foi a semelhança com Kate Winslet e Jessica Simpson. Ainda bem que não acredito em tudo que é veiculado na rede.
Vai que eu resolvo acreditar que sou sósia da Beyonce...

E aí? Com quem você se parece? Não sabe ainda?
Faça o teste aqui.
É simples, você envia uma foto de rosto, automaticamente o site informa quais as celebridades se parecem com você.
É um programa de reconhecimento facial. Achei engraçado, por isso quis compartilhar. Sempre nas minhas comparações com celebridades, gostei de me comparar à Tyra Banks. Lembro que no curso de Inglês que fiz em 2004, tínhamos que usar crachás de celebridades, o meu era da Tyra. Pois não é que segundo o site temos 76% de semelhança facial?
O que mais me surpreendeu foi a semelhança com Kate Winslet e Jessica Simpson. Ainda bem que não acredito em tudo que é veiculado na rede.
Vai que eu resolvo acreditar que sou sósia da Beyonce...
E aí? Com quem você se parece? Não sabe ainda?
Faça o teste aqui.
11 abril, 2010
Descobertas no #EADSUNDAY
Em mais um dia de #eadsunday, descobri uma ferramenta deliciosa no Youtube, graças ao @mariocamarao
Trata-se do Canal SearchStories, onde você conta sua história de buscas pelo google. Uma gracinha. Primeiro assisti ao vídeo introdutório, depois não resisti e criei a minha história. Já dá até pra imaginar (quem me conhece) qual história contei.
Divirtam-se com a ferramenta. Quando o laboratório da minha escola funcionar, vou promover uma atividade assim com meus alunos. Tenho certeza que vão amar!
Minha primeira SearchStorie
Trata-se do Canal SearchStories, onde você conta sua história de buscas pelo google. Uma gracinha. Primeiro assisti ao vídeo introdutório, depois não resisti e criei a minha história. Já dá até pra imaginar (quem me conhece) qual história contei.
Divirtam-se com a ferramenta. Quando o laboratório da minha escola funcionar, vou promover uma atividade assim com meus alunos. Tenho certeza que vão amar!
Minha primeira SearchStorie
04 abril, 2010
O Contador de Histórias - Sob uma nova perspectiva
Algumas horas atrás, escrevi sobre o filme O contador de histórias, baseado na vida de Roberto Carlos Ramos, um menino desacreditado, tachado como irrecuperável pela FEBEM-MG. Ainda criança fora levado para a fundação pela mãe, atraída pelo comercial na televisão, que prometia transformar as crianças pobres em doutores, dentistas e advogados.
Menino de tudo, Roberto vai acreditando que a FEBEM seria um mundo de sonhos e fantasias. Logo na primeira noite, chorando pela falta da mãe, o garoto percebe que perdeu até o direito de chorar. Sempre muito bom com as palavras, cria histórias, tenta criar um novo jeito de sobreviver àquele mundo totalmente alheio ao seu sonho. Foge, foge, foge...por cento e trinta e duas vezes...
Na rua, apanha, sofre, rouba, aprende coisas ruins, vai vivendo e descobrindo a malandragem urbana. Até que em uma de suas capturas, conhece a pedagoga francesa Margherit Duvas, que vê nesse menino um desafio, um objeto de estudo para a sua pesquisa.
Dessa relação (a princípio de estudo), nasce uma amizade, cumplicidade e mudança. Roberto aprende a ler aos treze anos, aprende a olhar a vida de frente (não a olhar para o chão como foi ensinado na FEBEM). Segue para a França com a pedagoga e anos depois volta para casa, ajuda a mãe, cuida dela, volta para a Instituição (dessa vez como estagiário). Entre uma história e outra que vai contado, Roberto conta a sua, escreve sua própria história, mostrando que nem todo garoto problema é irrecuperável.
Essa história já me emocionava muito, quando estava assistindo me emocionei demais, cheguei a sentir vontade de parar o filme, de tão forte o sentimento que me consumia, um drama tão intenso, cenas fortes, sentimentos verdadeiros, me consumiam, mexiam comigo.
Ao mesmo tempo que o filme me emocionou, me fez rir, com as jogadas do menino, falando que tinha dislalia no estômago, câncer no útero e a disputa com um coleguinha para ver quem falava mais palavrão.
A imaginação dele, que transforma a Professora de Educação Física (D. Edith) em hipopótamo, a visão dele da FEBEM como um circo, seu comportamento mal educado testando a paciência de Margherit, sem falar na cena final do filme, quando durante o reencontro sua mãe pergunta se ele está ali diante dela é porque já se tornou doutor...
Histórias assim, que emocionam, tocam, fazem rir, refletir, deviam mesmo ficar mais tempo em cartaz, deviam ser vendidas de formas mais acessíveis, são histórias verdadeiras, de gente de verdade, retratos do nosso Brasil. Mostra a intenção de uma entidade assistencial recém criada pelo governo na década de 70, que infelizmente não deu certo. Se saem doutores da FEBEM, é porque encontram ou encontraram em seus caminhos pessoas tão boas quanto a educadora Margherit.
Tiro meu chapéu para essa história, tiro chapéu para Roberto, sua coragem, sua força e toda a sua dedicação à educação. Roberto aproveitou muito bem a educação que recebeu, hoje é mestre em educação, adotou treze meninos de rua e conta sua história pelas faculdades e escolas pelo país.
11 novembro, 2009
Um poeminha à toa
Hoje é um dia que tenho duas aulas na 5ªE. Uma sala em que a maioria é menino.
Já cortei muitos dobrados para conseguir trabalhar lá.
Hoje entrei para falar de Poema, Poesia, Gonçalves Dias e o livro I Juca Pirama e os Timbiras.
Falei de poemas e poesias. Sugerindo a participação de todos. Gostei muito do modo como todos interagiram. Para explicar a diferença entre poema e poesia, escrevi uma estrofe do poema de Camões. Juntos identificamos os versos, a estrofe e as rimas.
Já cortei muitos dobrados para conseguir trabalhar lá.
Hoje entrei para falar de Poema, Poesia, Gonçalves Dias e o livro I Juca Pirama e os Timbiras.
Falei de poemas e poesias. Sugerindo a participação de todos. Gostei muito do modo como todos interagiram. Para explicar a diferença entre poema e poesia, escrevi uma estrofe do poema de Camões. Juntos identificamos os versos, a estrofe e as rimas.
Para ilustrar o que é a poesia, pensamos em paisagens, cantamos uma música e desenhei uma flor na lousa.
Poesia é a arte de criar imagens, sentimentos por meio da linguagem em que se combinam sons, ritmos e significados.
Acredito que isso ficou bem claro para eles.
Ao final da aula, um aluno chegou para mim e disse: "Professora, fiquei olhando a flor que a senhora desenhou. Fiquei pensando em fazer um poema. Depois desisti."
Num estalo ele disse uma frase e saiu correndo...
Fiquei parada pensando no que ele havia dito. Achei a coisa mais simples, linda e singela.
Ele traduziu exatamente a efemeridade da Flor. Poema perfeito. Poesia pura.
Flor no jardimUm dia se vêNo outro,Cadê???
Por: Wesley Salles, 5ªE
Ganhei o dia como professora e como pessoa.
08 agosto, 2009
Dicas Interessantes
Recebi um boletim do site Educarede com um vídeo dinâmico e muito pertinente relacionado à ferramenta Blog.
Estou compartilhando-o com todos.
Na blogosfera, acredito que todo mundo tenha cometido pelo menos uma dessas gafes.
Vou começar a pensar mais antes de escrever aqui. Gosto muito do blog, mas ainda me considero uma amadora.
O blog não é a minha agenda, que só eu leio.
Acima de tudo, considero-me autêntica!
Estou compartilhando-o com todos.
Na blogosfera, acredito que todo mundo tenha cometido pelo menos uma dessas gafes.
Vou começar a pensar mais antes de escrever aqui. Gosto muito do blog, mas ainda me considero uma amadora.
O blog não é a minha agenda, que só eu leio.
Acima de tudo, considero-me autêntica!
04 agosto, 2009
Cinema em casa madrugada adentro...
Colocando os registros acadêmicos em dia, deixei a TV ligada para ver novela, Tela Quente, Jornal, Jô...Até que começou Sessão Brasil, geralmente eu vejo esses filmes, porque segunda é um dia em que perco o sono.
Aproveito para conhecer um pouco mais do cinema nacional, o que todo mundo critica e diz ter apenas palavrões e bunda.
Infelizmente já vi muitos filme com essas características, de vez em quando me surpreendo com um bom filme, que não se encaixa nessa lista.
Anjos do Sol,
Lançado em 2006. Lembro de ter visto propagandas do filme na época, mas não quis ver, lembro que deu uma repercussão bem dramática. Afinal, estamos diante do drama da prostituição infantil no Brasil, um tema atemporal e muito presente no nosso cotidiano, mais presente ainda nos lugares bem distantes como Amazônia, Norte e Nordeste.
Fiquei paralisada com as cenas banais do filme, senti raiva, nojo e desprezo ao pensar que isso existe.
Maria, a personagem principal do filme, representa a dor de muitas meninas dese Brasil, que tem a infância vendida, roubada, muitas vezes por um prato de comida.
Sem saber o que dizer...Não sei se isso tem jeito. Nossas autoridades, o que fazem para mudar esse quadro?
A cena que mais choca, é a fila imensa de homens maltrapilhos esperando para deitarem com as meninas e a morte da amiga de Maria, arrastada pela estrada amarrada ao Jipe do cafetão! Maldito!
Anjos do Sol... nascem anjos, são submetidas a uma vida miserável, tentam escapar, morrem, escapam, não conseguindo sobreviver, acabam por aceitar a condição que a sociedade impôs para elas.
Esse é o fim de Maria...
Luta para não ser prostituta, no final, acaba aceitando essa vida, mudando seu nome, deixando de lutar.
Quem quiser ver o trailer...está aí: O retrato de uma verdade bem real.
Tenho nojo, muito nojo!
Aproveito para conhecer um pouco mais do cinema nacional, o que todo mundo critica e diz ter apenas palavrões e bunda.
Infelizmente já vi muitos filme com essas características, de vez em quando me surpreendo com um bom filme, que não se encaixa nessa lista.
Hoje assisti um que deixou-me atordoada e ao mesmo tempo chocada.
Anjos do Sol,

Fiquei paralisada com as cenas banais do filme, senti raiva, nojo e desprezo ao pensar que isso existe.
Maria, a personagem principal do filme, representa a dor de muitas meninas dese Brasil, que tem a infância vendida, roubada, muitas vezes por um prato de comida.
Sem saber o que dizer...Não sei se isso tem jeito. Nossas autoridades, o que fazem para mudar esse quadro?
A cena que mais choca, é a fila imensa de homens maltrapilhos esperando para deitarem com as meninas e a morte da amiga de Maria, arrastada pela estrada amarrada ao Jipe do cafetão! Maldito!
Anjos do Sol... nascem anjos, são submetidas a uma vida miserável, tentam escapar, morrem, escapam, não conseguindo sobreviver, acabam por aceitar a condição que a sociedade impôs para elas.

Luta para não ser prostituta, no final, acaba aceitando essa vida, mudando seu nome, deixando de lutar.
Quem quiser ver o trailer...está aí: O retrato de uma verdade bem real.
Tenho nojo, muito nojo!
29 junho, 2009
Crescer dói
Hoje descobri que crescer dói tanto.
Estou com sentimento de perda desde ontem.
Um deles é por conta do Telecurso tec, não houve o sucesso esperado desse projeto tão bom para nossos jovens da rede pública...
Que pena, acompanhei de perto essa perda, as desistências, as dificuldades, as vontades...
O vazio que foi ficando foi causando uma desmotivação. E um sentimento triste em meu coração, que antes estava completamente empolgado com essa realização.
Estou sensível.
Hoje já chorei por duas vezes. Uma vez enquanto falava com o Alê sobre as duas alunas restantes da minha sala. E agora a pouco mais lágrimas brotaram enquanto olhava fotos de amigas da infância, comecei a lembrar do passado, da minha vida, da minha mãe, da minha família...fui me sentindo tão sozinha que desabei a chorar.
Me senti só em todos os sentidos, estava no skype (ensinando português para um jamaicano) e no msn (falando com meu amigo Allan), desliguei tudo, liguei para tio Mima que mora em Vila Velha e desabafei.
De fato, agora me sinto um pouco melhor. É tanto que já consigo escrever, mas falar, não consigo.
O que me aflige, são coisas do coração. O Mauro tem razão.
Não posso deixar que isso me deixe assim.
Não consigo controlar. Meu coração é mais forte.
Mas hoje, especialmente hoje, senti falta da minhã mãe, irmã, irmão que ainda nem conheço e de um amor, amor de verdade. Reciprocidade.
O tio disse que a alegria virá ao amanhecer. Então vou logo dormir.
Como era bom ser criança...crescer as vezes dói tanto...
Lembro que quando apanhava, ou minha mãe chamava minha atenção, eu ia dormir chorando...
Estou com sentimento de perda desde ontem.
Um deles é por conta do Telecurso tec, não houve o sucesso esperado desse projeto tão bom para nossos jovens da rede pública...
Que pena, acompanhei de perto essa perda, as desistências, as dificuldades, as vontades...
O vazio que foi ficando foi causando uma desmotivação. E um sentimento triste em meu coração, que antes estava completamente empolgado com essa realização.
Estou sensível.
Hoje já chorei por duas vezes. Uma vez enquanto falava com o Alê sobre as duas alunas restantes da minha sala. E agora a pouco mais lágrimas brotaram enquanto olhava fotos de amigas da infância, comecei a lembrar do passado, da minha vida, da minha mãe, da minha família...fui me sentindo tão sozinha que desabei a chorar.
Me senti só em todos os sentidos, estava no skype (ensinando português para um jamaicano) e no msn (falando com meu amigo Allan), desliguei tudo, liguei para tio Mima que mora em Vila Velha e desabafei.
De fato, agora me sinto um pouco melhor. É tanto que já consigo escrever, mas falar, não consigo.
O que me aflige, são coisas do coração. O Mauro tem razão.
Não posso deixar que isso me deixe assim.
Não consigo controlar. Meu coração é mais forte.
Mas hoje, especialmente hoje, senti falta da minhã mãe, irmã, irmão que ainda nem conheço e de um amor, amor de verdade. Reciprocidade.
O tio disse que a alegria virá ao amanhecer. Então vou logo dormir.
Como era bom ser criança...crescer as vezes dói tanto...
Lembro que quando apanhava, ou minha mãe chamava minha atenção, eu ia dormir chorando...
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