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28 março, 2012

Memória da Alfabetização

Há mais ou menos um mês, comecei o Curso de Pedagogia EAD, respondendo ao fórum sobre aquisição da escrita - do desenho à palavra, comecei a lembrar como esse processo aconteceu comigo.
Sempre gostei muito de escrever e aprecio quem faz isso tão bem que chega a transformar em arte, estou longe de ser uma artista com as palavras, mas procuro traduzir aquilo que sinto fazendo uso da escrita.
Nem todo mundo pensa em como acontece esse processo de aquisição da escrita, só sabe que aprendeu a escrever e pronto.

Essa fase da aquisição da escrita é tão gostosa, e por isso mesmo, acredito que deve acontecer sem pressão, para que a criança não fique traumatizada. Deve acontecer de forma natural e encorajadora.
Lembro bem de quando eu tinha entre cinco e seis anos, antes de iniciar a 1ª série, eu morria de vontade de escrever, via os cadernos e livros da minha irmã (que estava na 4ª série) e morria de vontade de ler o que havia lá e escrever como ela. Pegava o caderno e rabiscava linhas inteiras de garatujas e pedia que minha mãe e irmã lessem o que estava escrito.
Elas improvisavam a leitura e eu ficava muito feliz, achando que já estava escrevendo de verdade, antes mesmo de ir à escola. Fico feliz com esse incentivo da minha mãe, que mesmo não tendo estudado Pedagogia, nem mesmo o Fundamental Completo, encorajou-me a escrever, não me desmotivou dizendo que não havia nada escrito lá, que eram apenas rabiscos.
Tenho vivo em  minha memória um momento que aconteceu na 1ª série, minha professora, chamada Rossana deu a imagem de um sino e pediu que criássemos uma frase. Prontamente escrevi: "O sinal bateu na capela Plim Plim". Minha professora ficou tão feliz com aquela frase, que chamou minha mãe na escola para ver e ficou uma semana exibindo meu caderno para a turma inteira.
Parece uma frase boba, mas para uma criança de seis anos, é uma grande realização. Sinto isso porque lembro claramente a felicidade da minha professora quando viu minha primeira frase. o encorajamento da minha professora, da minha mãe e irmã, foram de grande importãncia para mim.
Acredito que isso fez toda a diferença na minha formação inicial, tanto que no primeiro semestre na primeira série (sem frequentar pré-escola) já lia e escrevia, estava alfabetizada.

15 março, 2012

Inspiração Lygiana: A guarda-chuva azul-clarinho

Do último mês para cá, estou sendo beneficiada por uma overdose do livro "A Bolsa Amarela" da minha querida Lygia Bojunga (estou lendo o livro para as minhas cinco salas do Ensino Fundamental). Quem passa por aqui, sabe que sou fã apaixonada dessa escritora desde 2009. Hoje lá na reunião pedagógica na escola da Prefeitura, fiquei com os olhos banhados em lágrimas falando com uma colega sobre a minha paixão pela Lygia, não me acostumei ainda com esse sentimento, mas é assim sempre que falo da Lygia e de todo meu encantamento por ela, acho que entro em transe, fico hipnotizada, revivo toda a emoção sentida desde a minha descoberta, até minha busca constante por seus livros.
Depois da conversa com a Simone, a emoção continuou ali, me cutucando, pedindo pra virar palavra, suplicando de tudo de era jeito para virar logo história. Me peguei em diversos momentos do dia imaginando a história dos objetos que carregava, da minha agenda, até a minha sombrinha roxa. Já noite, no último dia de curso CFC, perdida nos detalhes da sombrinha da colega ao lado, escrevi a história da guarda-chuva azul-clarinho. Inspirada, é claro! na história da guarda-chuva da Raquel do livro "A Bolsa Amarela".

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A Guarda-Chuva de cabo azul clarinho
Por: Jaqueline Flores 
Essa é a história de um guarda-chuva que antes de sair da fábrica, quando ainda estava sendo feita, não sabia muito bem o que se tornaria, se um guarda-chuva forte e robusto (desses pretos, enormes, que são ótimos pra ameaçar os olhos dos pedestres em dias de chuva), ou uma sombrinha delicada, daquelas que enfeitam bolsa de mulher e deixam o dia muito mais colorido, seja noite, dia chuvoso ou dia de sol.
Celeste trabalhava lá na fábrica que fez a guarda-chuva, estava dando acabamento em uma grande remessa (colocando o tecido - deixando a peça com cara de homem ou de mulher), quando topou com um guarda-chuva de cabo azul-clarinho. Celeste adorava olhar o céu durante os dias ensolarados, ela achava que o céu azul era a coisa mais bonita de se olhar, quando saía na rua nos dias ensolarados, ficava ainda mais alegre e sonhadora.
Celeste achava que em dias de chuva, o mundo ficava com ar triste, as pessoas só carregavam guarda-chuva homem, todo preto, deixando o dia ainda mais cinzento. Pensando em tudo isso, com o guarda-chuva  (ainda sem tecido) de cabo azulzinho nas mãos, ela decidiu que aquele seria um guarda-chuva mulher, colocou nele uma seda branca, toda salpicada de estrelas azuis, verdes e amarelinhas...Dessa forma, a guarda-chuva deixaria o dia mais colorido, quem a visse, lembraria logo de um lindo dia de sol.
A Guarda-chuva saiu da fábrica toda satisfeita, tinha gostado de vir ao mundo com essas cores tão vivas e com a função de enfeitar o mundo. Foi morar provisoriamente em uma barraca de um vendedor muito animado, numa rua bem movimentada, onde as pessoas só gostavam de guarda-chuva homem, a guarda-chuva não via muito sentido nisso, mas esperou paciente até o dia em que teria uma função além de enfeitar o mundo na barraca do Sr. Animado.
A existência da Guarda-Chuva ganhou sentido e mais alegria, quando Josefa, que gosta de tudo alegre e chamando bastante atenção, comprou a Guarda-Chuva do Sr. Animado e saiu feliz da vida, cantando na chuva, toda orgulhosa por ser dona de uma sombrinha tão companheira e tão charmosa...
Quando saía à rua, a Guarda-Chuva de nome JAHO Umbrella, sentia-se a guarda-chuva mais feliz do mundo, pois sabia que sob a cabeça da Josefa, tornava-se um pedacinho do céu, que a Celeste gostava tanto.
 
Depois que escrevi a história e dei pra Josefa ler, nasceu o momento para registro da JAHO, a guarda-chuva saiu do anonimato no curso de CFC, tudo isso por causa do livro "A Bolsa Amarela". 

04 março, 2012

MOMENTOS INCRÍVEIS: TRI POEMA - TRÊS POETISAS

Publiquei a foto do meu muro recém pintado na minha timeline, e eis que nasce um poema pelas mãos da Sueli Simão, com contribuição da Jaque Ribeiro...um tripoema...uma conversa a três que virou poema, uma poersa, um converma...

Imagem de Jaqueline Flores

AMAR-ELO
Meu muro amarelo!
Vestido para comemorar a Copa.
Quem sabe o Brasil Hexacampeão...
Amar-elo, amar-ei..
Lá vai meu muro virando poesia
Na boca da Su.
Elo com o ouro.
Elo com o Sol.
Amar-elo é mais que início de poesia.
É poesia viva! Em mil cores bem ali.
Reanima a vida.
Enche de bossa.
Ah! Meu muro amarelo.
Lá vai o muro virando poesia.
Enchendo a vida de Alegria!

Sueli Rodrigues, Jaqueline Flores, Jaquee Ribeiro


Confira a Postagem Original em:
MOMENTOS INCRÍVEIS