Ultimamente tenho lido muitos livros. E um em particular me encantou muito. Não por lirismo, nem poesia. Trata-se de um livro em prosa e com uma linguagem/estrutura totalmente inovadora.
As Intermitências da Morte - um livro envolvente do início ao fim, e não apenas pelo fato do fim ser o começo, mas por ser inédito, genial.
A morte. Esse é o tema. A morte é posta diante do leitor sob outros ângulos, mostrando como seria a vida eterna.
A princípio o que parece ser ótimo e agradar a todos torna-se logo um problema. Classes sociais e diferentes setores e interesses vão sendo afetados.
O caso é que a partir do primeiro dia do ano que entra, ninguém morre. Logo as funerárias, cemitérios, seguradoras são postas diante de problemas. A igreja mostra-se desesperada. Questiona a ausência da morte. Pois se não há morte, não há ressureição, e se não há ressurreição, não há religião.
Na fronteira do país vizinho, a morte continua operando. Uma das muitas famílias que trazia seus doentes terminais em casa, sem esperança de melhora e sem a possibilidade da morte; tem diante deles uma solução. Um senhor, doente terminal, pede à filha que o leve até a fronteira, para que assim, ele e o netinho, que também está doente, descansem em paz.
Um vizinho descobre e logo todo o país fica sabendo. De repente todas as famílias começam a se livrar de seus doentes. Levando-os até a fronteira. cria-se um caso com o país vizinho e vigilantes são colocados na fronteira para impedir a passagem clandestina dos morimbundos.
Surge então, a máfia, que "legaliza" essa situação, cobrando pela travessia dos doentes, e entrando em acordo com os vigilantes.
As funerárias, para não saírem perdendo passam a fazer enterro de animais, como gato, papagaio e etc...
As seguradoras criam um novo jeito para cobrarem o seguro de vida. Cada pessoa paga como se vivesse oitenta anos, quando vence o prazo, é como se ela nascesse de novo, e recomeça um outro plano.
Depois de um tempo a morte resolve voltar, mas avisando por meio de uma carta, com uma semana de antecedência...
Acontece que uma das cartas retorna e a morte, vê-se diante de u grande mistério: desvendar quem é o dono do envelope, e porquê ele não o recebe...
Não contarei tudo! É muita moleza...afinal, o livro é uma delícia de se ler...agrada a gregos e troianos...
José Saramago (escritor português) mostra a morte de um jeito que você nunca viu. Aprecie sem moderação!
4 comentários:
Dica interessante, vou procurar!
La puta madre! esse livro me deu nos nervos, menina! a leitura é muito pesada, sem parágrafo ou travessão para expressar a fala dos personagens... putz... parei na metade.. mas ainda volto a ler.. é muito legal as idéias de saramago!
Saramago é mt massa! Parece legal o livro, vou procurar tb! =]
bjos
Saramago é foda! Já leu o Ensaio sobre a Cegueira?? Deve ser um dos melhores livros dele!
bjsss
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