Não sei o nome da moça que o declamou, mas aquele momento foi tão marcante, que o poema ficou em minha cabeça.
Hoje, na biblioteca da escola, estava lendo "A bolsa Amarela" para uma aluna, e meus olhos encontraram em uma prateleira, o livro "Cante lá que eu canto cá".
Peguei o livro e logo reconheci o poema lido no sarau pelo título, comecei a lê-lo e me senti envolvida por essa trova tão tocante...
Li na biblioteca, depois fui ler na sala dos professores, li na secretaria e no ônibus tive a ideia de gravar o poema na minha voz (apesar de não ser bela como da moça de voz assotacada), gravei assim mesmo...
Procurando imagens para meu vídeo caseiro, encontrei um vídeo em que o próprio Patativa fala seu poema, uma beleza. Vou eternizar esse momento aqui com os dois vídeos, um na minha simples voz e o outro com o cordelista estonteante que foi Patativa do Assaré.
Ouça "A morte de Nanã" na voz de Patativa do Assaré
Patativa do Assaré
Homem de muita fé
Suas palavras deixô
Pra que essa nação sentisse
Que tudo o que ele disse
Foi verdade sim Sinhô
O homem morreu pobre
Deixou sua históra
Pra quem não tiver memóra
Abrir o livro e ver
Que a vida do sertanejo
Apesar de todo desejo
É cheia de muito sofrer...
Jaqueline Flores
Um comentário:
posso dizer prá vc ..que além de escrever é capaz de emocionar com esse jeito de falar..meu zoinho lagrimejou ao ouvir com emoção a sua declamação..penso que sabe ver, relacionar e falar de forma a encantar qualquer um que escutar.Parabéns
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