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11 setembro, 2011

Eu Acredito!

Sou uma pessoa muito crente. Sim, crente! Aquela que crê em alguma coisa, em alguém! E quando digo que acredito, preciso dizer qual é o objeto da minha crença.
Acredito que leitura não se ensina, se contamina.
Aprender a ler é um fato na vida das pessoas, uns aprendem depressa, bem cedo, outros demoram um pouco mais, e outros, bem...não conseguem dominar a prática durante toda a vida.
Aprendi a ler muito cedo, com sete anos já lia tudo, rabiscava alguns garranchos e forçava as pessoas a lerem os mais absurdos neologismos.
Desde cedo frequentei a biblioteca, levava muitos livros para ler em casa, e anotava todas as leituras que fazia na minha minúscula cadernetinha.
Então, você que me lê, pergunta: "quem contaminou essa menina com a leitura?" Tento buscar na memória, e vejo minha mãe, que teve pouca oportunidade para estudar, sentada, lendo a bíblia ou algum livro da igreja. Taí, foi a Dona Maria quem me contaminou com a leitura. Tanto é que logo cedo li a Bíblia também.
Com essa contaminação, saí lendo, lendo, fui ler no Curso de Letras, que é o que SEMPRE quis fazer, lá, continuei amando mais ainda a leitura. E se hoje sei o que sei, graças aos livros que mergulhei, graças a esse hábito que sempre cultivei. Cada livro lido, cada história contada, cada conversa sobre uma leitura, tudo isso pra mim é pura riqueza.
Já fiz amigos por causa de livros, já ganhei livros de amigos, já li para os amigos, já ouvi amigos lendo para mim. O Livro e eu. Somos assim: um caso de paixão e fidelidade.
Se minha mãe não lesse em casa, acredito que eu não teria seguido esse modelo, claro que fui além da Bíblia, pois foi aí que descobri meu passatempo predileto. E dele nasceu a escrita.
Hoje, como professora, continuo devorando os livros que me cativam, claro que com uma voracidade menor, mas com a mesma paixão de menina. Paixão essa que venho tentando espalhar nas salas de aula por onde passo, pregando aos pouquinhos essa minha crença na leitura, que enobrece, entrete, alegra, leva para viajar...leitura que contamina.
Não ensino meus alunos a ler dando-lhes um livro obrigatório para uma prova boba que depois será engavetada. Deixo-os livres para serem cativados pelos livros, dou-lhes a liberdade de falar sobre como esse livro mexeu com eles. E tudo isso acontece nas nossas rodas de conversa e leitura.
Tenho visto depoimentos maravilhosos, emocionantes. Vejo-me em cada rostinho que fala do livro, me alegro em ver como mergulham na história e estão contaminados pela leitura.
É por essas e outras, que acredito que podemos ser um país de leitores. Basta você, leitor, contaminar alguém aí por perto. Não precisa falar nada, obrigar? Nem pensar. Suas ações contaminarão por você!

Roda de Conversa e Leitura lá no CEU Vila Rubi
"A gente não aprende a ler, a gente se contamina".


3 comentários:

Raquel Prado disse...

Lindo,emocionante!
Eu acompanho de pertinho o seu processo de leitora e afirmo que é maravilhoso o resultado dessa forma de contaminar e envolver as crianças com livros,leituras e também a forma de divulgar as leituras desses novos leitores Abraços .Raquel

Sueli Rodrigues disse...

Delícia...Delícia
Assim você me mata.
Aí se eu tivesse turmas tão interessadas em leitura... ficaria tão realizada e feliz..
Parabéns Jaque por contaminar suas turminhas com o prazer da leitura...
bjs
Su

Anônimo disse...

Amei o que falou professora Jaque e agora sim entendi que os livros fazem parte da sua vida e devem umas das coisas mais importantes nessa vida para você não é ? só sei que os livros são maneiras de você se expressar ,de ver se o que esta escrito naquele livro é oque você, também pensa é o que você acha
Amei !!!
Bjinho
de sua aluna da 5C
Dayanne