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12 dezembro, 2010

Poesia na caixinha de Chá

 Há dias em que acordamos com olhar poético. Vemos poesia no nascer do sol, no café da manhã, no trânsito parado, na notícia do rádio, num simples frase de um aluno, na simples brisa do vento a tocar a face durante uma viagem.

Curto demais as coisas simples da vida, tenho um pouco de Rubem Alves no olhar, descobri isso no pouco que já li dele.Nesses dias tão cheios de notícias repetitivas, a gente precisa descobrir algo novo, e pra ser novo, surpreendente, precisa vir das pequenas coisas. Como o brotar de uma violeta da Primavera, justo aquela que você não molha...Isso merecia destaque na mídia.
Estava falando do olhar poético. Outro dia tive uma descoberta poética aqui dentro de casa, que quase me fez chorar de tanta alegria!
Gosto muito de chás, não mais que café. Mas gosto de chás. Naquela onda de frio que fazia no meio do ano, comprei três sabores diferentes de chá Leão. Em um desses dias congelantes, resolvi preparar um chazinho para tomar antes de dormir.
Foi nesse momento que descobri poesia pura na caixinha de chá! identifiquei-me tanto com aquela descrição poética, que tive certeza que aquilo havia sido feito pra mim! Tratei logo de pegar as outras duas caixas, li com voracidade, como quem procurava desvendar um enigma, chamei a Andressa (minha vizinha) e compartilhei com ela aquele sabor poético! Contei pra minha sister Lih (via msn) e fiquei tão encantada com aquela descoberta que passei dias falando.
Para quem não conhece Chá Leão, escaneei as descrições de cada caixinha. Meus olhos viram poesia pura nessa descrição, chego a pensar que a pessoa que as criou é muito parecida comigo: vê poesia nas coisas simples. Por que não colocar poesia na caixinha de chá?
Eis as caixinhas pela ordem de leitura


Caso não consiga ler, clique na imagem, que conseguirá visualizar em tamanho maior
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Outro dia contei a novidade para as meninas da Secretaria da Escola onde trabalho, elas riram muito e acharam que só eu mesmo podia descobrir poesias na caixinha de chá. Lá tem caixinhas de sabores diferentes, vou tentar descolar pra compartilhar aqui.
Bom Chá!

03 dezembro, 2010

À noite sonhei contigo...

Acordei com essa música na cabeça,
mas sinto que ainda estou sonhando...




Há dias em que acordamos com a vida numa música.
Simplesmente amo quando isso acontece. Paula Toller é música para meus ouvidos.
Música agradável. Pra dormir e acordar.
Acabei de decidir. Preciso muito desse DVD.
Taí uma coisa que eu gostaria de ganhar se participasse de um amigo secreto.

16 novembro, 2010

30 meses

30 meses é tempo pra muitas coisas.
Dá tempo nascer uma criança,
Dá tempo começar uma faculdade e estar na loucura de um TCC.
Dá tempo construir um sonho.
Dá tempo viver um sonho.
Dá tempo de ser feliz.
Dá tempo sonhar.

O que não dá
É tempo de ficar parado.
Isso eu não fico.
Em dois blocos de 30 meses
Dois sonhos se realizaram.
Fico tão feliz em iniciar mais um bloco de 30 meses,
Sinto aqui dentro que caminho para o próximo sonho.

O que faço agora é agradecer:
Agradeço ao Pai por tudo.
Quem sou,
Quem tenho ao meu lado
e agradeço sempre pela oportunidade de viver,
Viver para realizar sonhos
de 30 em 30 meses.

22 outubro, 2010

Invisible

Hoje só vou aparecer offline.



Vou imitar minha inspiração.
Mãos ausentes.
Silenciosas.

Veja apenas meu sorriso.

15 outubro, 2010

O Professor está sempre errado

Não costumo postar textos de terceiros em meu blog, afinal, ele é meu espelho. Mas aqueles que merecem, logo posto. Recebi esse texto por e-mail, autoria do admirado Jô Soares no dia dos Professores. Palavras de mais pura verdade. Dispenso minhas palavras, contente-se com as do apresentador. Logo saberá porque me intrigou o texto.



O Professor está sempre errado

(Jô Soares)

O material escolar mais barato que existe na praça é o professor!
É jovem, não tem experiência.
É velho, está superado.
Não tem automóvel, é um pobre coitado.
Tem automóvel, chora de "barriga cheia'.
Fala em voz alta, vive gritando.
Fala em tom normal, ninguém escuta.
Não falta ao colégio, é um 'caxias'.
Precisa faltar, é um 'turista'.
Conversa com os outros professores, está 'malhando' os alunos.
Não conversa, é um desligado.
Dá muita matéria, não tem dó do aluno.
Dá pouca matéria, não prepara os alunos.
Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Não brinca com a turma, é um chato.
Chama a atenção, é um grosso.
Não chama a atenção, não sabe se impor.
A prova é longa, não dá tempo.
A prova é curta, tira as chances do aluno.
Escreve muito, não explica.
Explica muito, o caderno não tem nada.
Fala corretamente, ninguém entende.
Fala a 'língua' do aluno, não tem vocabulário.
Exige, é rude.
Elogia, é debochado.
O aluno é reprovado, é perseguição.
O aluno é aprovado, deu 'mole'.

É, o professor está sempre errado, mas, se você conseguiu ler até aqui, agradeça a ele!

11 outubro, 2010

Politicamente Correto?



03 de outubro. 7h00. Diadema.
Essa era a rua da escola onde fui mesária. Era a mais limpinha da cidade. Esses papéis eram poucos perto do que meus olhos conseguiram ver no caminho.
Pior ainda era a rua da minha seção eleitoral. Me senti pisando em ovos, só que em vez de ovos, pisava em papéis molhados pela chuva.
Horrível caminhar assim. Não tive tempo de testemunhar nenhuma queda, mas tenho certeza que muita gente deve ter caído naquela lama de "santinhos".
Não consigo entender o desespero desses políticos em despejar tantos papéis na rua. Devem sentir prazer em ver os eleitores pisando em suas caras.
Não é correto fazer boca de urna no dia da eleição, isso todo mundo sabe. Todo mundo também sabe que passam dias antes da eleição enchendo nossas caixinhas de correio e nossos quintais com papéis divulgando números, legendas partidárias e propostas.
Tem gente que não dá a mínima pra essa papelada toda. Retira da caixinha e manda direto para a lixeira.
Depois chega na seção eleitoral para votar e não sabe pra quem dar o seu voto.

É aí que entra a lama de papel da foto acima. O cara em desespero, em busca de um representante para seu país (nesse caso, precisa de seis números), para em meio aos papéis, fecha os olhos, abaixa-se e pega um santinho. Pronto. Ali está o seu voto, super seguro e secreto, super pensado e politicamente correto. (Esse votou literalmente no escuro, e além de tudo teve a sua maior queda).

Tenho certeza que muita gente pega papel da lama para votar no último minuto. Ouvi isso de um eleitor na hora de votar. Se ninguém pegasse, não haveria esse exagero de lixo pra gente pisar.
Nunca peguei papel do chão pra votar. Tento observar a campanha eleitoral durante o processo e até aceito sugestões de amigos sobre deputados estaduais e federais. Mas o restante eu decido. Sigo minhas convicções. Faço minha própria colinha e levo no bolso.
Esses papéis jogados na rua não descem na minha garganta. Não descem.