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03 janeiro, 2011

Esperança. Como anda a tua?

Esse poema do Drummond é genial. Descreve bem essa esperança e "sentimento do novo" que toma conta das pessoas na passagem de um ano para o outro. Minha esperança não foi industrializada, ela existe de verdade e se renova a cada dia, não apenas na passagem de Dezembro para Janeiro. Minha esperança é casada com sonhos.
Como anda a tua?

"Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a
que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no
limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e
entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra
vez, com outro
número e outra vontade de acreditar que daqui pra
diante vai ser diferente"

(Carlos Drummond de Andrade)


Espero de coração que a sua esperança seja calcada em sonhos e nos planos do Pai em tua vida. Que você não viva em função do milagre anual, da esperança do abraço e presente natalinos. Que o seu ano não seja baseado em capitalismo barato pregado pela sociedade sem valores.
Que você consiga chegar no dezembro próximo sem entregar os pontos. E se tiver que entregar, que seja para pegar um ponto melhor. Que seja no tempo certo.
Que você não tenha vontade de mudar apenas nas datas terminais. Queira mudar sempre, se estiver incomodado, mesmo que hoje, o dia da tua mudança seja dia 03 de janeiro. Não espere chegar a próxima segunda-feira para iniciar a dieta ou procurar um emprego novo. Mude quando sentir vontade. Não porque a sociedade te mandou.
A renovação acontece dentro de você, não passe 2011 pensando o que deveria ter mudado em 2010. Não fique esperando o milagre. Seja.

Feliz 2011. Com esperança de dentro para fora. Sempre!
(Jaqueline Flores)
referente a: E.E. Deputado Gregório Bezerra (ver no Google Sidewiki)

28 dezembro, 2010

Hoje tenho obrigações antes de dormir

Hoje só durmo depois da minha prece. Só deito após admirar as estrelas e deixar que meus olhos se encantem pelo brilho da lua. Hoje só vou sonhar depois que a brisa da noite acariciar meus cabelos, depois que ouvir ao longe o último pássaro agasalhar-se em seu cantinho. 
Hoje só durmo depois de agradecer a Deus por aquela árvore ostentada ali de frente para meu portão. Só durmo depois de pedir ao Pai que não deixe os cupins a destruírem de uma vez só. Penso que ficarão sem casa. Só decidirei dormir depois que der uma última olhada naquele formigueiro construído dentro do jarrinho onde por 4 anos viveu um cacto, que por ironia do destino morreu afogado pela chuva. Logo os cactos, que nem precisam ser regados! Eu devia estar muito distraída para deixá-lo assim desprotegido do sol.
Hoje só durmo depois de pedir perdão, de dizer o que me aflige, de retirar a mágoa que formou-se em meu coração. 
Só durmo depois de ouvir minha música preferida, conversar com as pessoas que amo e certificar de que tudo está bem. Só durmo depois de agradecer a Deus por mais um ano que está chegando ao fim. E depois de tudo isso, quero ainda antes de dormir, pedir forças para continuar com o olhar sensível em 2011, continuar sonhando e agradecendo por tudo.

23 dezembro, 2010

12º andar!

Era uma vez uma menina que gostava da música "All star", essa música cita o 12º andar da paixão do eu lírico. O fato é que o 12º andar sempre a fez sonhar com algo mais que um all star azul e uma conversa pela metade com a paixão de sua vida. Ouvia e pensava mesmo no 12º andar. Na hora de tornar o sonho real, ela dormiu e sonhou esse sonho que vivia sonhando acordada. Sonhou que comprava um AP no 12º andar. Quando acordou, estava com o papel nas mãos, o 122 no 12º era dela. Finalmente ela chorou e cantou a música "All Star". Para a menina essa música não tem nome de sapato, mas tem nome do andar onde ela vai morar, num bloco que ainda por cima tem nome de Flor.
A menina agora é toda sorrisos. Sabe que vai ouvir muito sua música no seu novo lar.

21 dezembro, 2010

Parodiando

Duas dúzias de coisinhas à toa que deixam a FlowerS feliz.

Escapamento de caminhão, Toque-toque do coração, Soltar bolinhas de sabão.

Chupar limão com sal, Derreter tablete de sorrisal, Jogar peteca no quintal.

Ler um livro na rua, Namorar olhando a lua, Experimentar carne-de-sol crua.

Cheirinho de esmalte, Guarda-chuva de chocolate, jogar com o brinquedo bate-bate.

Poema na caixinha de chá, Mingauzinho de fubá, Ouvir canto do sabiá.

Receber mensagens de texto,  Mudar de ideia sem pretexto, Curtir o ano bissexto.

Caminhar saltitante, Ler um livro emocionante, Acordar radiante.

Caimbra no dedinho do pé, Dormir com cafuné, Saborear um bom café.

Estava lendo o poeminha de Otávio Roph e resolvi listar as duas dúzias de coisinhas à toa que me deixam feliz. Confira o poema original:



DUAS DÚZIAS DE COISINHAS À-TOA QUE DEIXAM A GENTE FELIZ
(Otávio Roth)
Passarinho na janela, pijama de flanela, brigadeiro na panela.
Gato andando no telhado, cheirinho de mato molhado, disco antigo sem chiado.
Pão quentinho de manhã, dropes de hortelã, grito de Tarzan.
Tirar a sorte no osso, jogar pedrinha no poço, um cachecol no pescoço.
Papagaio que conversa, pisar em tapete persa, eu te amo e vice-versa.
Vagalume aceso na mão, dias quentes de verão, descer de corrimão.
Almoço de domingo, revoada de flamingo, herói que fuma cachimbo.
Anãozinho de jardim, lacinho de cetim, terminar o livro assim.

20 dezembro, 2010

Closer to the dream

Quando a gente está mais perto do sonho, os dias se arrastam e o relógio para. Parece que todas as coisas  do mundo vão acontecer naquele momento tão esperado.
Ansiedade e Euforia se misturam em meu ser. Já não sei mais quem sou. Sou um segredo revelado no sorriso.
Sinto que o Céu conspira em meu favor.
Enquando esse perto continua tão distante, vou tentando manter a serenidade e bebendo muita água pra não desmaiar nesse calor.

Quando a gente está mais perto do sonho. Começa a sonhar outro.

18 dezembro, 2010

Sentires dúbios

Como dá trabalho manter de pé tudo o que sinto por ti sem ter certeza do que sentes por mim.
Apreço. Carinho. Afeto e talvez consideração. Atração e saudade.
Não sei o nome do que parece que sentes.
Dei um nome pro que sinto por você, isso me incomoda tanto.
Não consigo batizar o que penso que sentes por mim do mesmo nome que batizei o meu sentir.
Um sentir é assim, nunca é como o outro. Por mais que seja com a mesma pessoa, no mesmo lugar, sei que o meu sentir não é igual ao seu.
Pode ser que seja maior, pode ser que seja menor. Pode ser que não seja nada. Mas sempre será diferente.
Isso me incomoda.
Queria poder chamar o teu sentir pelo mesmo vocativo que chamo o meu. sou incapaz disso.
O que faço com esse sentir que me consome?
O que faço com essa certeza que tenho do seu não sentir?

É continuar sentindo o que sinto, até que te toques de que o que sinto merece devido valor.
 Sinto que esse valor deve ser logo. Porque os sentires mudam. O coração cansa de lutar em vão.