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11 janeiro, 2013

Poema receita


Olha só minha amiga

Você que sofre com a invasão 
De formigas intrometidas
Que atacam sua cozinha 
Comendo seu doce e seu pão,
Anote essa dica
Arraze tem a solução 
Pra expulsar as formigas 
Basta essa simples injeção 
Acaba com as doceiras
com as operárias caseiras,
Até a excelentíssima rainha 
Vai parar com a procriação.

Eu usei e funcionou
O que você tá esperando?
Paguei só R$7,90
E o sofrimento acabou!
(Jaque Flowers)

28 novembro, 2012

Da efemeridade das flores



Lindas
Vivas
Alegres
Divinas.

Assim são as flores
Assim foram minhas margaridas
Há nove dias iluminaram e alegraram minha casa
Hoje estão se despedindo
murchando,
secando...
Ah, se eu fizesse milagres...
transformaria essa brevidade em imortalidade.

Teria um jardim.
Só pra ter margaridas por mais tempo perto de mim.

23 novembro, 2012

Manchete do Dia:

A nova morada foi feita com garrafa Pet de água Bonafont 1,5 ml

 Margaridas ganham nova morada feita com garrafa de Bonafont! “Estamos nos sentindo mais vivas e notáveis“ - declaram euflóridas... 
(Gazeta Florida)

21 novembro, 2012

Flores para Flowers!

Ontem estava saindo com o namorado da casa de um amigo dele, quando passei pelo canteiro de margaridas mais bonito dessa Primavera! Meu olho logo grudou nas flores e começou a sorrir. 
Não teve jeito! O olho forçou a boca a pedir para a dona da casa, uma amostra daquela alegria toda de canteiro de margaridas!
- A senhora me dá uma flor dessa?
Ela disse que sim. Os olhos brilharam de alegria! Margaridas são as flores que mais gostam de contemplar. Além de serem lindas, simples, singelas, são colírio, enfeitam a casa e convidam o sol pra brincar de entardecer na minha cozinha!! 
Ah, margaridas, se eu fosse flor, seria da sua família! 
Voltamos caminhando pra casa, final de feriado, a noite estava uma delícia. E eu segurando as margaridas, imperiosa, toda feliz por ter recebido não só uma, mas várias margaridas da Dona Maria! Que linda, tão generosa!
 Cheguei em casa, coloquei-as num copão da Coca Cola, não tinha vaso, foi no copo mesmo!
Ficaram lindas! Decidi que ficariam morando no copo da Coca Cola em cima do fogão. Elas adoraram o cantinho, pois logo à tarde tomaram um banho de sol, que fez com que ficassem ainda mais charmosas.


A convite das margaridas, o sol brinca de entardecer na minha cozinha


Adorei ganhar essas margaridas, que alegraram a semana e deixaram a casa mais bonita. Que as violetas não me ouçam/leiam, mas as margaridas são as melhores!

29 outubro, 2012

Mais uma leitura: O livro das Ignorãças


Estava hoje com minha turma da 1ª série do Ensino Médio na sala de leitura, quando em meio à arrumação das estantes, encontrei essa leveza de livro do Manoel.Separei-o para ler o quanto antes. Antes mesmo das 13h já havia lido, o resultado da leitura foi um estado de encantamento.
Manoel de Barros encanta mais uma vez com "O livro das Ignorãças". Um livro de arrancar suspiros, de aprender palavras, de relembrar o horizonte e ampliar o lirismo que se perde nas coisas cotidianas e banais.
Ah...o azul exagerado em meu olho, como no olho daquele menino lá dos fundos do quintal com suas latas maravilhosas.
Meu olho tem mania de exagerar azul, está sempre colocando meu coração em estado de paixão pelo céu, de "enamoramento" pelo sol e pelo luar. É por isso que vivo a registrar meus exageros de azul com o celular e câmera. Coleciono olhares exagerados de azul, coleciono paisagens manoelescas!
Manoel me desperta pros insetos, para aquelas pequenas coisas que costumo ignorar. Enquanto acho que aprendo, vou ignorando e ficando ignorante. Vou perdendo as coisas bonitas, porque se não olho, elas deixam de existir. E é como disse Felisdônio: "As coisas que não existem são mais bonitas".

Imagem de São Thomé das Letras MG - a caminho da cachoeira,
Meus olhos exageraram tanto nesse azul...

15 agosto, 2012

"Fazendo Ana Paz"


Quem me conhece sabe que sou fã de carteirinha da Lygia Bojunga. Descobri seus livros lá em 2009. Desde então venho lendo seus livros de forma insaciável. O Último que havia lido, foi "Dos Vinte 1". Dei uma desacelerada, pois fiquei com medo de ler os três restantes de uma vez e ficar triste... Enquanto isso reli "Bolsa Amarela" com meus alunos, vi entrevista no Programa Entrelinhas da TV Cultura e li outra no site "Educar para Crescer".

Foi quando topei com esse livro: "Fazendo Ana Paz"



Essa foi mais uma das minhas leituras relâmpago dos livros de Lygia Bojunga. Esperei tanto pra ler, que a sede já estava me sufocando. Foi na Bienal que resolvi terminar essa espera e agarrar de vez mais essa maravilha da minha querida escritora, que sempre me arranca suspiros, faz brotar sorrisos em meu rosto e umedece meus olhos nessa linguagem tão simples, tão Lygiana e nessa leitura tão envolvente e gostosa.
A leitura aconteceu entre o caminho de volta da 22ª Bienal do livro e um intervalo de aula. Maravilhada. Foi como fiquei durante a leitura.
Logo de cara reencontrei a Raquel (Bolsa Amarela), dessa vez soube como foi que ela nasceu, teimosa, insistente e determinada como era mesmo no seu livro.
Depois já me apaixonei pela Ana Paz menina. Teimosa, saudosa e terna...
Adoro essa coisa da trilogia que a Lygia publicou, essa relação do escritor com o personagem, essa briga, teimosia, insistência em existir, mesmo que apenas na ficção, mesmo que apenas no livro... Fez lembrar minha leitura do livro Paisagem...aquele Lourenço cabeça-dura!
É uma leitura diferente, que foge ao senso comum, quem está acostumado com enredos prontos, vai se decepcionar, mas quem curte o diferente, o novo, a curiosidade de saber como se sente a personagem vai adorar essa leitura.
Não posso deixar de dizer ainda que minha inspiração renasce sempre que leio Lygia...como já disse, sou toda sorrisos e suspiros...
Minha memória e sensibilidade ficaram logo aguçadas quando terminei a leitura, mas aguçadas de tal forma, que o lápis depressa se encaixou em minhas mãos e passou  escrever o que havia sentido. Rabiscando tímida e alegremente uma mensagem em agradecimento à Lygia, essa mulher que me escreve.
Preciso agradecer por me fazer mais uma vez lembrar tanto da minha criança interior, da casa que foi derrubada lá em Montanha, do tempo que passei lá na minha infância e parte da adolescência, do meu retorno lá ano passado, das minhas memórias com vovô Firmino e principalmente, da falta que me faz a calçada onde tanto brinquei, li e escrevi.

Fazendo Ana Paz - um livro que proporciona um resgate na memória. Resgate da infância, da menina que fui ontem, da mulher que sou hoje, das escolhas que fiz. Já me peguei muitas vezes nesse resgate, e muitas vezes vi que minha memória tem falhado.
Mas esse resgate da Ana Paz é encantador. É um desenho com palavras. Só lendo pra saber.