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23 abril, 2010

tentando escrever algo

Hey,
queria escrever um poema.
Não estou poeta.
Não sou poeta.
Ando inspirada,
mas não sei para o que é.
Apenas olho as estrelas e sinto vontade de cantar.
É tarde,
incomodaria os viziinhos,
canto por dentro,

cantei muito alto,
cansei a garganta,
pigarro...ham...ham...ham

Resolvo ler Lygia Bojunga,
chegaram em minha casa ontem...
essa é minha inspiração...

17 abril, 2010

Cara de quem?

Perambulando pela internet, encontrei no baixaki , a divulgação do site CELEBITY COLLAGE. Que consiste em comparar você a celebridades mundiais.
É simples, você envia uma foto de rosto, automaticamente o site informa quais as celebridades se parecem com você.
É um programa de reconhecimento facial. Achei engraçado, por isso quis compartilhar. Sempre nas minhas comparações com celebridades, gostei de me comparar à Tyra Banks. Lembro que no curso de Inglês que fiz em 2004, tínhamos que usar crachás de celebridades, o meu era da Tyra. Pois não é que segundo o site temos 76% de semelhança facial?
 O que mais me surpreendeu foi a semelhança com Kate Winslet e Jessica Simpson. Ainda bem que não acredito em tudo que é veiculado na rede.
Vai que eu resolvo acreditar que sou sósia da Beyonce...




E aí? Com quem você se parece? Não sabe ainda?
Faça o teste aqui.

Garotas ficam mais fortes depois que choram

Um sonho é assim.
Se a gente sonha ele acontece e pronto. Parece até verdade se a gente esquece de acordar,
Estou com problemas na fabriquinha de sonhos, pensando se não entrei no sonho errado, ou se deixei isso aqui que sonhei pra minha vida se tornar um pesadelo.
Me lembro direitinho do meu sonho, ainda menininha sonhando em ser professora, ajudar as pessoas, ouvir, ser ouvida...aprender, ensinar...E o sonho se tornou verdade, esqueci de acordar.
Não vim aqui dizer que acordei, vim aqui dizer que essa semana um pesadelo invadiu meu sonho e me fez pensar em acordar, deixar tudo pra lá...
Desejei acordar e sair correndo, apagar o sonho da menina e trabalhar com máquinas. Não sei se foi errado pensar assim, mas eu pensei, e talvez esteja nesse momento me confessando.
Sei que todas as profissões tem suas dificuldades, seus altos e baixos, e todo mundo sabe que não está nada fácil ser professor nessa sociedade onde tudo é instantâneo, efêmero.
A sociedade perdeu seus valores, respeitos e costumes...é tudo tão vago, palavras tortas são tão comuns.
Não quero ficar falando na falta de desinteresse dos alunos, porque sei que é um saco ficar sentado em filas, olhando para uma lousa verde sem graça, com letras tortas desenhadas por giz branco; enquanto eles desejariam estar lá fora, lidando com máquinas, realidades virtuais, jogando bola, sentindo o vento no rosto, colocando conversa em dia com os amigos...
Não é fácil concorrer com a bola, com o video-game, com a internet, com as drogas, com a moda, com o funk, com os namoricos...
Não está fácil concorrer com a informação barata e imediata que anda circulando por aí...Não é fácil motivar essa galerinha a sonhar como eu... não é fácil trazê-los para meu sonho. Não é fácil invadir o sonho deles.
Muitas coisas aconteceram comigo nesses últimos dias, acontecimentos que me trouxeram a reflexão, o choro, a dor, consultas, remédios e consequentemente palpites e conselhos de amigos e familiares.
Em meio a todo esse turbilhão, paro e olho para mim.
Me vejo em meio a muitas coisas, coisas que desejei: a sala de aula, meu cantinho, a Pós na PUC, a liberdade...
Me vejo perturbada, com um pouco de dificuldade em administrar todas essas coisas. Na Pós e na vida consigo ver clareza, mas na sala de aula, sinto que faltam ferramentas para que eu tenha um melhor desempenho. Muitas vezes sinto-me sozinha, lutando para que haja interesse dos meninos pelo aprender, ou pelo menos pelo respeitar. NÃO ESTÁ FÁCIL.
São vidas, e são vidas diferentes, e mexer com as pessoas sem se envolver com suas vidas é uma tarefa difícil, principalmente para mim, que me envolvo emocionalmente demais com o que faço.
Tive uma grande alegria no dia 30. Após prestar o Cocurso da SEESP e conseguir atingir o esperado em Língua Inglesa e Língua Portuguesa, uma onda de alegria tomou conta de mim...comemorei, gritei, fiquei feliz, imaginei a minha vida com mais esse sonho realizado: efetiva - nessas condições, eu poderei realizar mais alguns sonhos guardados aqui dentro.
Após essa onda de alegria, comecei a ficar fraca, caí. Não estava conseguindo lidar com as situações de conflito na sala de aula. Não estava encontrando paciência e serenidade para ser a professora que sonhei. Por uns dias perdi a motivação, os palavrões passaram a fazer barulho em meus ouvidos, a ferir meu coração, fiquei alheia às minhas vontades e aos meus ideais...fui seguindo a maré, deixando a onda me levar...
Gritei, falei, esperneei, tentei concorrer de todas as formas. Fiquei mal, fraca, parei. Recuperei um pouco a motivação.
Depois o furacão aumentou. Tentei conversar, ouviram, mas parece que não fez efeito toda a minha genuinidade. Me calei. E quando abri a boca, foi em prantos, não consegui segurar tanta dor guardada aqui dentro, tanta frustração. Chorei demais na terça, chorei tanto que a minha cabeça não aguentou, entrou em estado de alerta, perdi a noção, a consciência, perdi o controle, fui carregada para o hospital, tomei remédios, repousei...
Depois de um tempo, parei e refleti...preciso me recompor...me reorganizar, colocar a cabeça no lugar e pensar conscientemente que não vou desistir do meu sonho.
Não dessa vez,
não nesse tropeço,
não vou escorregar nessas lágrimas,
não posso ficar cega novamente,
nem cruzar meus braços...
Não vou me esquecer das alegrias desses dois anos que já vivi  e ficar apenas com a frustração momentânea.
Isso é se entregar.
Isso é ser fraca.
Eu já chorei demais. "Garotas ficam mais fortes depois que choram".
Não sou Shirra, mas tenho a força...
Continuo pelos que querem e pelos que não querem também,
Eu tenho valores, e se essa sociedade não tem,
continuarei contagiando-os com o pouco que consegui ter.

Continuo buscando forças, nesse momento sei que está dentro de mim. Deus me ajudará.

11 abril, 2010

Descobertas no #EADSUNDAY

Em mais um dia de #eadsunday, descobri uma ferramenta deliciosa no Youtube, graças ao @mariocamarao

Trata-se do Canal SearchStories, onde você conta sua história de buscas pelo google. Uma gracinha. Primeiro assisti ao vídeo introdutório, depois não resisti e criei a minha história. Já dá até pra imaginar (quem me conhece) qual história contei.
Divirtam-se com a ferramenta. Quando o laboratório da minha escola funcionar, vou promover uma atividade assim com meus alunos. Tenho certeza que vão amar!

 Minha primeira SearchStorie

09 abril, 2010

Um tanto de saudade da ideia de você

Toda essa confusão aqui dentro: lembranças, saudade e incômodo é porque eu ainda não esqueci a ideia que fazia de você. Simplesmente amava essa ideia. Você resolveu (ou será que fui eu?) desmistificar essa ideia, e eu resolvi esquecê-la. Esquecer você.
Não é fácil. Não está fácil. Muita confusão. De qualquer forma, estou conseguindo ser forte e não faltar com minha verdade. Meu compromisso. Apenas cumpro decretos.
Ainda bem que não há uma regra no decreto que proíba sentir saudades...
O tanto que já senti...

04 abril, 2010

O Contador de Histórias - Sob uma nova perspectiva

Algumas horas atrás, escrevi sobre o filme O contador de histórias, baseado na vida de Roberto Carlos Ramos, um menino desacreditado, tachado como irrecuperável pela FEBEM-MG. Ainda criança fora levado para a fundação pela mãe, atraída pelo comercial na televisão, que prometia transformar as crianças pobres em doutores, dentistas e advogados.
Menino de tudo, Roberto vai acreditando que a FEBEM seria um mundo de sonhos e fantasias. Logo na primeira noite, chorando pela falta da mãe, o garoto percebe que perdeu até o direito de chorar. Sempre muito bom com as palavras, cria histórias, tenta criar um novo jeito de sobreviver àquele mundo totalmente alheio ao seu sonho. Foge, foge, foge...por cento e trinta e duas vezes...
Na rua, apanha, sofre, rouba, aprende coisas ruins, vai vivendo e descobrindo a malandragem urbana. Até que em uma de suas capturas, conhece a pedagoga francesa Margherit Duvas, que vê nesse menino um desafio, um objeto de estudo para a sua pesquisa.
Dessa relação (a princípio de estudo), nasce uma amizade, cumplicidade e mudança. Roberto aprende a ler aos treze anos, aprende a olhar a vida de frente (não a olhar para o chão como foi ensinado na FEBEM). Segue para a França com a pedagoga e anos depois volta para casa, ajuda a mãe, cuida dela, volta para a Instituição (dessa vez como estagiário). Entre uma história e outra que vai contado, Roberto conta a sua, escreve sua própria história, mostrando que nem todo garoto problema é irrecuperável.
Essa história já me emocionava muito, quando estava assistindo me emocionei demais, cheguei a sentir vontade de parar o filme, de tão forte o sentimento que me consumia, um drama tão intenso, cenas fortes, sentimentos verdadeiros, me consumiam, mexiam comigo. 
Ao mesmo tempo que o filme me emocionou, me fez rir, com as jogadas do menino, falando que tinha dislalia no estômago, câncer no útero e a disputa com um coleguinha para ver quem falava mais palavrão.
A imaginação dele, que transforma a Professora de Educação Física (D. Edith) em hipopótamo, a visão dele da FEBEM como um circo, seu comportamento mal educado testando a paciência de Margherit, sem falar na cena final do filme, quando durante o reencontro sua mãe pergunta se ele está ali diante dela é porque já se tornou doutor...
Histórias assim, que emocionam, tocam, fazem rir, refletir, deviam mesmo ficar mais tempo em cartaz, deviam ser vendidas de formas mais acessíveis, são histórias verdadeiras, de gente de verdade, retratos do nosso Brasil. Mostra a intenção de uma entidade assistencial recém criada pelo governo na década de 70, que infelizmente não deu certo. Se saem doutores da FEBEM, é porque encontram ou encontraram em seus caminhos pessoas tão boas quanto a educadora Margherit.
Tiro meu chapéu para essa história, tiro chapéu para Roberto, sua coragem, sua força e toda a sua dedicação à educação. Roberto aproveitou muito bem a educação que recebeu, hoje é mestre em educação, adotou treze meninos de rua e conta sua história pelas faculdades e escolas pelo país.