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24 novembro, 2011

Até onde o bom atendimento agrada?

Hoje fui almoçar em uma padaria aqui perto de casa que começou a servir almoço essa semana, a atendente estava tão empolgada, mas tão empolgada e empenhada em atender bem e agradar a todos, que até foi chata.
Tive que ouvir tanta barbaridade, começando por "a gente temos", "a senhora vai estar pedindo" até um comentário super empolgado: "A gente temos que brincar e rir um pouco pra recontrair"...

Gostei da comida, mas só volto lá daqui uns três meses, quando a moça tiver relaxado no atendimento! Tá doido!

Saí de lá com indigestão!

Sem bem atendido é bom, mas se exagerar, estraga!

23 novembro, 2011

Dá tempo!

Não vim fazer um balanço anual, apenas pretendo registrar alguns sentimentos recentes.
Quando 2011 começou, decidi que seria o ano da vitória. Muitos anseios e medos habitavam meu interior, fazendo-me parecer menor que já sou.
Medo de não adaptar, medo de decidir, medo de perder, medo de não alcançar, medo de chorar, medo de partir, medo de não dar tempo... Muitos medos que não dá mais pra contar!
Consequentemente ao meu decreto de vitória, venci o medo e me adaptei a novas situações, novos meios, novo sistema. Alcancei muitas metas, chorei, desabafei, inchei os olhos, deixei ir tantas coisas que já não me pertenciam, tanto sentimento alheio a essa menina vitoriosa.
Deu tempo de aprender, tempo de conhecer pessoas incríveis, de deixar velhos hábitos de lado... Deu tempo de reencontrar minha mamãe, irmã e conhecer os sobrinhos...Ah!..que encontro rápido e intenso!
Deu tempo de matar a saudade, deu tempo de amar, deu tempo de agradecer a Deus, deu tempo de pedir paciência, deu tempo de ler, cantar, dormir, pular e dançar!
Deu tempo para contar borboletas, de lixar as unhas, deu tempo de escrever o que sentia, deu tempo de arriscar!
Consegui errar e aprender. Consegui ouvir e dizer o que sentia.
Senti que deixei o medo partir, tive coragem para fazer as escolhas certas, pensando no que é melhor para mim. Creio que esse 2011 foi o ano da coragem, esse foi o ano que tornou-me um pouco mais matura.
Ainda não cumpri todas as metas de 2011. Mesmo assim agradeço a Deus pelo que consegui alcançar até o momento e peço sabedoria e força para tomar as decisões certas e dentro do prazo.
Deu tempo de saber que não sinto mais medo!

21 outubro, 2011

Rosinha, Minha Canoa...

Em uma das minhas visitas à sala de leitura da EE deputado Gregório Bezerra, me deliciando com os inúmeros títulos que povoam aquele espaço, encontrei o livro "Rosinha, minha canoa", do autor José Mauro de Vasconcelos.
Das obras do autor, até hoje só havia lido o livro "O Meu pé de Laranja Lima" - li não, mergulhei na história do menino Zezé e sua infância que me fez debulhar em lágrimas, todas as cinco vezes que o li. Descobri o autor na minha infância, mas até hoje carrego esse livro, como quem carrega um presente, um tesouro, um livro que fiz questão de comprar e ter na minha estante para ler sempre que desejar.
Até então, não havia mais sentido a alegria e o despertar iluminado para ler outro livro do José, apesar da minha amiga Raquel já ter comentado da beleza de "Rosinha, minha Canoa".
Finalmente, ontem tive a oportunidade de encontrar esse tesouro escondido em uma caixinha com outros livros, que imediatamente ficaram invisíveis quando meus olhos cruzaram com o nome JOSÉ MAURO DE VASCONCELOS naquele livrinho tão frágil.

Apanhei-o. tão pequenino (menor que um palmo da minha mão), gasto pelo tempo, com um descascadinho quase apagando o nome da editora Melhoramentos no rodapé da capa, cor desbotada pelo tempo e provavelmente pelo contato das muitas mãos que evidentemente já o carregaram. As páginas amareladas, soltando aquele cheiro bom de livro misturado com o tempo, que particularmente adoro. 
Todas essas características logo despertaram em mim o desejo de desvendar aquelas páginas. Sei que tem gente que não gosta de "livro velho", mas se tem coisa que me deixa satisfeita, é pegar um livro gasto pelo tempo, sentir que muitas mãos os pegaram, muito olhos deslizaram por cada uma das linhas, sorrindo, emocionando, se revoltando, lendo...
Viajo mais ainda quando vejo uma manchinha de líquido na folha, fico imaginando se terá sido uma lágrima, suor, suco, café... Penso isso porque tenho muitas lágrimas hospedadas em muitos livros que já li, inclusive do "O Meu pé de Laranja Lima". E nessa viagem fico pensando: “Quem mais terá notado quanta emoção há impregnada nas páginas de um livro velho”?

Voltando ao momento do encontro com "Rosinha, minha canoa", quando peguei o livro, senti que estava gasto, observei a capa com a figura de uma canoinha frágil, com uma figura humana segurando um remo, navegando em águas já esbranquiçadas pelo tempo, no canto inferior, a imagem de um pássaro que desconheço o nome, formando um cenário convidativo, não demorei: abri o livro, li com emoção a "Explicação" do autor para uma aluna que me acompanhava no "garimpo dos livros".
Decididamente sorri, fechei o livro e disse "vou levar".
A linguagem delicada, poética, leve, simples, linda e engraçada do José Mauro de Vasconcelos, despertaram todo o gosto adormecido que havia sentido quando li "O Meu pé de Laranja Lima".
Hoje li no ônibus, estou no terceiro capítulo, confesso que já estou encantada pela Madrinha Flor, a simplicidade e graça do Zé do Adeus (dei boas gargalhadas no ônibus, lendo a consulta dele com o Doutor), o jeito "xengo-delengo-tengo" de falar da canoa, o jeito simples e gostoso de ser do Zé Orocó... Já vi que esse livro vai para minha cabeceira, fazer companhia aos outros que me fazem sorrir.

11 setembro, 2011

Eu Acredito!

Sou uma pessoa muito crente. Sim, crente! Aquela que crê em alguma coisa, em alguém! E quando digo que acredito, preciso dizer qual é o objeto da minha crença.
Acredito que leitura não se ensina, se contamina.
Aprender a ler é um fato na vida das pessoas, uns aprendem depressa, bem cedo, outros demoram um pouco mais, e outros, bem...não conseguem dominar a prática durante toda a vida.
Aprendi a ler muito cedo, com sete anos já lia tudo, rabiscava alguns garranchos e forçava as pessoas a lerem os mais absurdos neologismos.
Desde cedo frequentei a biblioteca, levava muitos livros para ler em casa, e anotava todas as leituras que fazia na minha minúscula cadernetinha.
Então, você que me lê, pergunta: "quem contaminou essa menina com a leitura?" Tento buscar na memória, e vejo minha mãe, que teve pouca oportunidade para estudar, sentada, lendo a bíblia ou algum livro da igreja. Taí, foi a Dona Maria quem me contaminou com a leitura. Tanto é que logo cedo li a Bíblia também.
Com essa contaminação, saí lendo, lendo, fui ler no Curso de Letras, que é o que SEMPRE quis fazer, lá, continuei amando mais ainda a leitura. E se hoje sei o que sei, graças aos livros que mergulhei, graças a esse hábito que sempre cultivei. Cada livro lido, cada história contada, cada conversa sobre uma leitura, tudo isso pra mim é pura riqueza.
Já fiz amigos por causa de livros, já ganhei livros de amigos, já li para os amigos, já ouvi amigos lendo para mim. O Livro e eu. Somos assim: um caso de paixão e fidelidade.
Se minha mãe não lesse em casa, acredito que eu não teria seguido esse modelo, claro que fui além da Bíblia, pois foi aí que descobri meu passatempo predileto. E dele nasceu a escrita.
Hoje, como professora, continuo devorando os livros que me cativam, claro que com uma voracidade menor, mas com a mesma paixão de menina. Paixão essa que venho tentando espalhar nas salas de aula por onde passo, pregando aos pouquinhos essa minha crença na leitura, que enobrece, entrete, alegra, leva para viajar...leitura que contamina.
Não ensino meus alunos a ler dando-lhes um livro obrigatório para uma prova boba que depois será engavetada. Deixo-os livres para serem cativados pelos livros, dou-lhes a liberdade de falar sobre como esse livro mexeu com eles. E tudo isso acontece nas nossas rodas de conversa e leitura.
Tenho visto depoimentos maravilhosos, emocionantes. Vejo-me em cada rostinho que fala do livro, me alegro em ver como mergulham na história e estão contaminados pela leitura.
É por essas e outras, que acredito que podemos ser um país de leitores. Basta você, leitor, contaminar alguém aí por perto. Não precisa falar nada, obrigar? Nem pensar. Suas ações contaminarão por você!

Roda de Conversa e Leitura lá no CEU Vila Rubi
"A gente não aprende a ler, a gente se contamina".


04 setembro, 2011

Jogos Online com o Tempo

Jogar com o tempo online é uma questão de sabedoria.
Se você tem tarefas para realizar em rede, cuidado! Você precisa ser muito organizado e disciplinado para conseguir "dar conta do recado".
Não pode ser uma pessoa relapsa como eu, abrir várias abas e visitar trocentos sites simultaneamente. Já fui boa nessa coisa de planejamento, mas ultimamente não consigo ter eficiência e eficácia se for pra realizar alguma atividade no computador, sempre desperdiço tempo, e não consigo terminar o que havia planejado.

Preciso encontrar uma maneira de corrigir essa falha, urgentemente! Uma boa parcela de culpa está no site de relacionamentos, Facebook. Depois que criei minha conta lá, desandei.
Vou encontrar uma forma de jogar melhor com esse meu tempo virtual, que é muito diferente do tempo real, posso multiplicá-lo se for sábia. Mas posso fazer quatro horas parecerem cinco minutos. Aí está meu problema.

02 agosto, 2011

Pra onde vai?

Outro dia me perguntei pra onde é que vai toda a quinquilharia que vivo perdendo dentro de casa. Tenho o dom de perder minhas coisas nos momentos em que mais preciso delas. Não pensem que sou a pessoa mais desorganizada do mundo também não sou um exemplo de organização, mas procuro colocar cada coisa em seu devido lugar. 
Compro um pacote de xuxinhas (prendedores de cabelo) e um mês depois não encontro uma pra remédio. Brilho labial, canetas, pen drive, documentos, cartão, protocolos, anotações, aquela blusa... São tantas coisas que a gente vai perdendo que pensei que era bem melhor não escrever nada a respeito. Já que perder é tão comum, que até existe santo pra gente prometer pulinhos caso encontre as coisas.
Quem será que pega? Quem esconde? Meus alunos disseram que o saci esconde tudo no redemoinho...
A nova música dO Teatro Mágico traduz ao pé da letra o que penso e o que passo. O título da música é perfeito. Essas coisas se perdem exatamente quando os olhos piscam.
Simplesmente curti.