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28 dezembro, 2010

Hoje tenho obrigações antes de dormir

Hoje só durmo depois da minha prece. Só deito após admirar as estrelas e deixar que meus olhos se encantem pelo brilho da lua. Hoje só vou sonhar depois que a brisa da noite acariciar meus cabelos, depois que ouvir ao longe o último pássaro agasalhar-se em seu cantinho. 
Hoje só durmo depois de agradecer a Deus por aquela árvore ostentada ali de frente para meu portão. Só durmo depois de pedir ao Pai que não deixe os cupins a destruírem de uma vez só. Penso que ficarão sem casa. Só decidirei dormir depois que der uma última olhada naquele formigueiro construído dentro do jarrinho onde por 4 anos viveu um cacto, que por ironia do destino morreu afogado pela chuva. Logo os cactos, que nem precisam ser regados! Eu devia estar muito distraída para deixá-lo assim desprotegido do sol.
Hoje só durmo depois de pedir perdão, de dizer o que me aflige, de retirar a mágoa que formou-se em meu coração. 
Só durmo depois de ouvir minha música preferida, conversar com as pessoas que amo e certificar de que tudo está bem. Só durmo depois de agradecer a Deus por mais um ano que está chegando ao fim. E depois de tudo isso, quero ainda antes de dormir, pedir forças para continuar com o olhar sensível em 2011, continuar sonhando e agradecendo por tudo.

23 dezembro, 2010

12º andar!

Era uma vez uma menina que gostava da música "All star", essa música cita o 12º andar da paixão do eu lírico. O fato é que o 12º andar sempre a fez sonhar com algo mais que um all star azul e uma conversa pela metade com a paixão de sua vida. Ouvia e pensava mesmo no 12º andar. Na hora de tornar o sonho real, ela dormiu e sonhou esse sonho que vivia sonhando acordada. Sonhou que comprava um AP no 12º andar. Quando acordou, estava com o papel nas mãos, o 122 no 12º era dela. Finalmente ela chorou e cantou a música "All Star". Para a menina essa música não tem nome de sapato, mas tem nome do andar onde ela vai morar, num bloco que ainda por cima tem nome de Flor.
A menina agora é toda sorrisos. Sabe que vai ouvir muito sua música no seu novo lar.

21 dezembro, 2010

Parodiando

Duas dúzias de coisinhas à toa que deixam a FlowerS feliz.

Escapamento de caminhão, Toque-toque do coração, Soltar bolinhas de sabão.

Chupar limão com sal, Derreter tablete de sorrisal, Jogar peteca no quintal.

Ler um livro na rua, Namorar olhando a lua, Experimentar carne-de-sol crua.

Cheirinho de esmalte, Guarda-chuva de chocolate, jogar com o brinquedo bate-bate.

Poema na caixinha de chá, Mingauzinho de fubá, Ouvir canto do sabiá.

Receber mensagens de texto,  Mudar de ideia sem pretexto, Curtir o ano bissexto.

Caminhar saltitante, Ler um livro emocionante, Acordar radiante.

Caimbra no dedinho do pé, Dormir com cafuné, Saborear um bom café.

Estava lendo o poeminha de Otávio Roph e resolvi listar as duas dúzias de coisinhas à toa que me deixam feliz. Confira o poema original:



DUAS DÚZIAS DE COISINHAS À-TOA QUE DEIXAM A GENTE FELIZ
(Otávio Roth)
Passarinho na janela, pijama de flanela, brigadeiro na panela.
Gato andando no telhado, cheirinho de mato molhado, disco antigo sem chiado.
Pão quentinho de manhã, dropes de hortelã, grito de Tarzan.
Tirar a sorte no osso, jogar pedrinha no poço, um cachecol no pescoço.
Papagaio que conversa, pisar em tapete persa, eu te amo e vice-versa.
Vagalume aceso na mão, dias quentes de verão, descer de corrimão.
Almoço de domingo, revoada de flamingo, herói que fuma cachimbo.
Anãozinho de jardim, lacinho de cetim, terminar o livro assim.

20 dezembro, 2010

Closer to the dream

Quando a gente está mais perto do sonho, os dias se arrastam e o relógio para. Parece que todas as coisas  do mundo vão acontecer naquele momento tão esperado.
Ansiedade e Euforia se misturam em meu ser. Já não sei mais quem sou. Sou um segredo revelado no sorriso.
Sinto que o Céu conspira em meu favor.
Enquando esse perto continua tão distante, vou tentando manter a serenidade e bebendo muita água pra não desmaiar nesse calor.

Quando a gente está mais perto do sonho. Começa a sonhar outro.

18 dezembro, 2010

Sentires dúbios

Como dá trabalho manter de pé tudo o que sinto por ti sem ter certeza do que sentes por mim.
Apreço. Carinho. Afeto e talvez consideração. Atração e saudade.
Não sei o nome do que parece que sentes.
Dei um nome pro que sinto por você, isso me incomoda tanto.
Não consigo batizar o que penso que sentes por mim do mesmo nome que batizei o meu sentir.
Um sentir é assim, nunca é como o outro. Por mais que seja com a mesma pessoa, no mesmo lugar, sei que o meu sentir não é igual ao seu.
Pode ser que seja maior, pode ser que seja menor. Pode ser que não seja nada. Mas sempre será diferente.
Isso me incomoda.
Queria poder chamar o teu sentir pelo mesmo vocativo que chamo o meu. sou incapaz disso.
O que faço com esse sentir que me consome?
O que faço com essa certeza que tenho do seu não sentir?

É continuar sentindo o que sinto, até que te toques de que o que sinto merece devido valor.
 Sinto que esse valor deve ser logo. Porque os sentires mudam. O coração cansa de lutar em vão.

12 dezembro, 2010

Poesia na caixinha de Chá

 Há dias em que acordamos com olhar poético. Vemos poesia no nascer do sol, no café da manhã, no trânsito parado, na notícia do rádio, num simples frase de um aluno, na simples brisa do vento a tocar a face durante uma viagem.

Curto demais as coisas simples da vida, tenho um pouco de Rubem Alves no olhar, descobri isso no pouco que já li dele.Nesses dias tão cheios de notícias repetitivas, a gente precisa descobrir algo novo, e pra ser novo, surpreendente, precisa vir das pequenas coisas. Como o brotar de uma violeta da Primavera, justo aquela que você não molha...Isso merecia destaque na mídia.
Estava falando do olhar poético. Outro dia tive uma descoberta poética aqui dentro de casa, que quase me fez chorar de tanta alegria!
Gosto muito de chás, não mais que café. Mas gosto de chás. Naquela onda de frio que fazia no meio do ano, comprei três sabores diferentes de chá Leão. Em um desses dias congelantes, resolvi preparar um chazinho para tomar antes de dormir.
Foi nesse momento que descobri poesia pura na caixinha de chá! identifiquei-me tanto com aquela descrição poética, que tive certeza que aquilo havia sido feito pra mim! Tratei logo de pegar as outras duas caixas, li com voracidade, como quem procurava desvendar um enigma, chamei a Andressa (minha vizinha) e compartilhei com ela aquele sabor poético! Contei pra minha sister Lih (via msn) e fiquei tão encantada com aquela descoberta que passei dias falando.
Para quem não conhece Chá Leão, escaneei as descrições de cada caixinha. Meus olhos viram poesia pura nessa descrição, chego a pensar que a pessoa que as criou é muito parecida comigo: vê poesia nas coisas simples. Por que não colocar poesia na caixinha de chá?
Eis as caixinhas pela ordem de leitura


Caso não consiga ler, clique na imagem, que conseguirá visualizar em tamanho maior
Caso não consiga ler, clique  na imagem, que conseguirá visualizar em tamanho maior

Caso não consiga ler, clique na imagem, que conseguirá visualizar em tamanho maior
Outro dia contei a novidade para as meninas da Secretaria da Escola onde trabalho, elas riram muito e acharam que só eu mesmo podia descobrir poesias na caixinha de chá. Lá tem caixinhas de sabores diferentes, vou tentar descolar pra compartilhar aqui.
Bom Chá!

03 dezembro, 2010

À noite sonhei contigo...

Acordei com essa música na cabeça,
mas sinto que ainda estou sonhando...




Há dias em que acordamos com a vida numa música.
Simplesmente amo quando isso acontece. Paula Toller é música para meus ouvidos.
Música agradável. Pra dormir e acordar.
Acabei de decidir. Preciso muito desse DVD.
Taí uma coisa que eu gostaria de ganhar se participasse de um amigo secreto.

16 novembro, 2010

30 meses

30 meses é tempo pra muitas coisas.
Dá tempo nascer uma criança,
Dá tempo começar uma faculdade e estar na loucura de um TCC.
Dá tempo construir um sonho.
Dá tempo viver um sonho.
Dá tempo de ser feliz.
Dá tempo sonhar.

O que não dá
É tempo de ficar parado.
Isso eu não fico.
Em dois blocos de 30 meses
Dois sonhos se realizaram.
Fico tão feliz em iniciar mais um bloco de 30 meses,
Sinto aqui dentro que caminho para o próximo sonho.

O que faço agora é agradecer:
Agradeço ao Pai por tudo.
Quem sou,
Quem tenho ao meu lado
e agradeço sempre pela oportunidade de viver,
Viver para realizar sonhos
de 30 em 30 meses.

22 outubro, 2010

Invisible

Hoje só vou aparecer offline.



Vou imitar minha inspiração.
Mãos ausentes.
Silenciosas.

Veja apenas meu sorriso.

15 outubro, 2010

O Professor está sempre errado

Não costumo postar textos de terceiros em meu blog, afinal, ele é meu espelho. Mas aqueles que merecem, logo posto. Recebi esse texto por e-mail, autoria do admirado Jô Soares no dia dos Professores. Palavras de mais pura verdade. Dispenso minhas palavras, contente-se com as do apresentador. Logo saberá porque me intrigou o texto.



O Professor está sempre errado

(Jô Soares)

O material escolar mais barato que existe na praça é o professor!
É jovem, não tem experiência.
É velho, está superado.
Não tem automóvel, é um pobre coitado.
Tem automóvel, chora de "barriga cheia'.
Fala em voz alta, vive gritando.
Fala em tom normal, ninguém escuta.
Não falta ao colégio, é um 'caxias'.
Precisa faltar, é um 'turista'.
Conversa com os outros professores, está 'malhando' os alunos.
Não conversa, é um desligado.
Dá muita matéria, não tem dó do aluno.
Dá pouca matéria, não prepara os alunos.
Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Não brinca com a turma, é um chato.
Chama a atenção, é um grosso.
Não chama a atenção, não sabe se impor.
A prova é longa, não dá tempo.
A prova é curta, tira as chances do aluno.
Escreve muito, não explica.
Explica muito, o caderno não tem nada.
Fala corretamente, ninguém entende.
Fala a 'língua' do aluno, não tem vocabulário.
Exige, é rude.
Elogia, é debochado.
O aluno é reprovado, é perseguição.
O aluno é aprovado, deu 'mole'.

É, o professor está sempre errado, mas, se você conseguiu ler até aqui, agradeça a ele!

11 outubro, 2010

Politicamente Correto?



03 de outubro. 7h00. Diadema.
Essa era a rua da escola onde fui mesária. Era a mais limpinha da cidade. Esses papéis eram poucos perto do que meus olhos conseguiram ver no caminho.
Pior ainda era a rua da minha seção eleitoral. Me senti pisando em ovos, só que em vez de ovos, pisava em papéis molhados pela chuva.
Horrível caminhar assim. Não tive tempo de testemunhar nenhuma queda, mas tenho certeza que muita gente deve ter caído naquela lama de "santinhos".
Não consigo entender o desespero desses políticos em despejar tantos papéis na rua. Devem sentir prazer em ver os eleitores pisando em suas caras.
Não é correto fazer boca de urna no dia da eleição, isso todo mundo sabe. Todo mundo também sabe que passam dias antes da eleição enchendo nossas caixinhas de correio e nossos quintais com papéis divulgando números, legendas partidárias e propostas.
Tem gente que não dá a mínima pra essa papelada toda. Retira da caixinha e manda direto para a lixeira.
Depois chega na seção eleitoral para votar e não sabe pra quem dar o seu voto.

É aí que entra a lama de papel da foto acima. O cara em desespero, em busca de um representante para seu país (nesse caso, precisa de seis números), para em meio aos papéis, fecha os olhos, abaixa-se e pega um santinho. Pronto. Ali está o seu voto, super seguro e secreto, super pensado e politicamente correto. (Esse votou literalmente no escuro, e além de tudo teve a sua maior queda).

Tenho certeza que muita gente pega papel da lama para votar no último minuto. Ouvi isso de um eleitor na hora de votar. Se ninguém pegasse, não haveria esse exagero de lixo pra gente pisar.
Nunca peguei papel do chão pra votar. Tento observar a campanha eleitoral durante o processo e até aceito sugestões de amigos sobre deputados estaduais e federais. Mas o restante eu decido. Sigo minhas convicções. Faço minha própria colinha e levo no bolso.
Esses papéis jogados na rua não descem na minha garganta. Não descem.

30 setembro, 2010

Hands

Mãos.
Falam mais que palavras. Adoro conversa de mãos.
Por mais silêncio que exista.
As mãos conseguem dizer tudo.
Sentindo uma à outra.
Perguntando. Respondendo.
Parte mais viva do ser.

Mãos são sinceras. Mãos são inocentes. puras.
Mãos.

28 setembro, 2010

Paixão por livros

Minha paixão por livros já me trouxe muitas alegrias, muitas descobertas. E quão maravilhosa é a literatura, sempre me permitindo conhecer  livros novos, ideias, culturas, pessoas, hábitos... É uma verdadeira cadeia, onde uma coisa puxa a outra. De um livro conheço um autor, do autor outros livros, desses livros,  leitore apaixonados como eu, do contato com leitores surgem novas leituras, novas conversas e assim a paixão só vai aumentando.
Foi assim com Lygia Bojunga, já até contei aqui como foi minha descoberta desse novo mundo.  Depois que escrevi esse texto, estava navegando pela blogosfera e encontrei o blog da Alessandra e seu belíssimo trabalho envolvendo a leitura e o maravilhos mundo dos livros. 
Essa escritora e semeadora promoveu no início do ano um concurso cultural, em que os participante deveriam contar sua história de amor pelos livros. Enviei o meu relato falando da minha história de amor pelos livros da Lygia Bojunga. E não é que levei o segundo lugar? Fiquei super contente com o resultado. O concurso começou em fevereiro e terminou em Julho. Meu prêmio foi muito bom, ganhei dois livros da Alessandra, que tem como co-autora e ilustradora sua filha Beatriz.
Recebi meu prêmio ontem, eu mesma fui buscá-lo nos Correios, devido a minha ausência em casa no horário comercial, a postagem ficou na Agência para que eu buscasse.
Fui com a Andressa buscar, abri o envelope ali mesmo na agência para conferir o que me aguardava. Encontrei "A menina que pescava estrelas" e "O jardim encantado", com dedicatória e tudo.
Gostei muito do Prêmio, achei logo que o livro do jardim tinha tudo a ver comigo, as ilustrações são de uma delicadeza sem fim. Saí pela rua lendo "O jardim encantado", sorrindo com a história da Joaninha de uma pinta só. Ainda não li o outro livro, vou deixar para lê-lo no sábado e descobrir com vagar mais da literatura dessa moça encantadora e de sua menina que manda muito bem nos desenhos.

Gastar latim!

A pior coisa do mundo é tentar discutir com idiotas. O idiota sempre acha que tem razão, sempre sabe mais que você e se autodenomina o melhor.
Gritar com uma pessoa que fala com você gritando é a pior coisa, você perde a cabeça e mostra que tem o mesmo nível de imaturidade que a pessoa. Quer tirar um idiota do sério? Fale baixinho enquanto ele berra, olhe calmamente para o (a) escandaloso (a) e faça um semblante de quem não está entendendo o motivo da gritaria.
Tento agir sempre de forma natural diante desse tipo de gente, afinal trabalho com pessoas o tempo inteiro. Mas, há momentos que a paciência esgota, e tem uma coisa que me tira do sério e me faz perder a cabeça e até gritar: falta de respeito!
Xingamentos, dedo no rosto, pirraça e descaso cortam meu coração e me fazem descer do salto.
Pior é que quando um idiota me faz perder a cabeça, acabo falando o que não devia, puxo pelo ponto fraco da pessoa e quando me dou conta, já gastei meu latim com quem não merecia.
Preciso aprender a me controlar, ultimamente tenho gastado meu tempo e meu português discutindo insignificâncias com quem mal sabe falar, com quem não sabe o que é respeito. Pior é que essas pessoas acham que sabem tudo da vida, não viveram nada e provavelmente não vão viver, porque não querem.
Que Deus me dê paciência para engolir esses sapos sem gastar meu latim. Preciso viver, preciso ter meus nervos para emoções que valham a pena. Gastar o latim para falar de amor, das flores, dos ipês, do que me faz sorrir!

27 setembro, 2010

Janela virtual

Twitter é o que posso chamar de "janela virtual". Não estou em blogs, mas posso ver o que se passa no blog do meu vizinho;
não estou visitando nenhum site de notícias, mas posso saber as notícias que pegam fogo na mídia;
não saio de casa pra assistir ao show do meu artista favorito, mas posso saber todo o set list e ainda assistir boa parte do show pelo "live streaming".
Twitter é isso, além de jogar na rede meus fluxos de consciência em pequenas doses de até 140 caracteres, posso ler o que as outras pessoas pensam, dizer para aos que me seguem quais são os vídeos, sites, frases e pensamentos que mais gosto...
Posso promover meu livro, meu site, minha banda, meu candidato, minha tremenda ociosidade ou correria cotidiana...
Da minha janela posso decidir se vale a pena ou não ver o filme que acabou de estrear, posso soltar fogos comemorando a vitória do meu time, posso me unir a milhares de torcedores e chorar diante de uma derrota...
Da minha janela chamada Twitter, sempre vou ouvir um passarinho cantando, basta seguir alguém, basta clicar em "Follow".
Quando você decide seguir alguém, pode esperar que nem sempre a pessoa vai dizer as coisas que você gostaria de ler, é como na sua janela real, sempre passa uma figura lá na rua que não te agrada, é aquele momento em que você sai da janela, ou olha para o outro lado. Na janela chamada twitter, você pode simplesmente parar de seguir clicando em "unfollow". E não adianta ficar triste se você perder um follower (seguidor), da mesma forma como você pode se cansar das palavras de uma pessoa, alguém pode se cansar do que você diz.
Pouco mais de um ano nessa janela, já me renderam risadas, informações, descobertas e contatos que jamais esperava.
Não passo 24h nessa janela, mas o tempo que reservo para olhar a paisagem me ensinam muitas coisas.
O que é feito da sua janela chamada twitter?
referente a: (7) Twitter / Home (ver no Google Sidewiki)

Energia At night

Trilha ótima
E quem achava que para dormir só servia a rádio Antena 1 ou o barulhinho da chuva, a 97.7 até que surpreendeu essa noite.
referente a: 97fm.asp (objeto video/x-ms-asf) (ver no Google Sidewiki)

26 setembro, 2010

Eis que chega a Primavera...

Esperando a Primavera. "Primavera é quando as flores enfeitam o mundo para receber o verão" (Flowers)

Eis que ela chega
Cheia dde graça
Um pouco tímida
Flores molhadas de chuva
Sol forte
se confundindo com a lua
Ora frio
Ora calor...
Dias inspiradores
Maiores e enfeitados.

Foi assim que chegou a primavera
E foi a flor do Ipê que alegrou
mais uma vez meu dia de manhã...
O que sobrou do inverno
pra mais bela estação do ano.

21 setembro, 2010

Invenção falida

Procurei um abraço
Encontrei o vazio
Procurei tua voz
Ouvi apenas o silêncio da caixa postal.

Nesse vácuo que se criou
Vejo meu mundo se afastar do seu
Antes já era distante
Agora vai sendo abismo
Vou descobrindo que
Por mais que eu tente
Por mais que queira
Não posso trazer-te de volta pra mim.

Você nunca foi,
Nunca veio
És apenas alguém que fiz questão de inventar.

20 setembro, 2010

Simples assim...

"Não há o que esclarecer,
não há nada errado
As vezes o silêncio
tapa os buracos..."
(Intacto - Jairzinho de Oliveira)

Adianta ruminar passado?
Adianta beber água suja?
Adianta ver novela repetida?
Adianta?

Adianta quando é pra voltar a fita e começar do zero.
Eu consigo. Esquecer as besteiras que fiz ontem e começar tudo de novo.
Adianta muito pensar no passado para refletir e aprender.
Aprender a não errar mais.
Aprender a ser tolerante.

Inventar histórias não,
nem pegar carona no amor das pessoas pra tentar ser feliz.
Acertar é melhor que errar,
e se perdoar fizer parte dos acertos,
estou perdoando...

Não digo esquecer,
porque quando a gente se corta,
fica a cicatriz,
só o tempo vai moldando a pele,
dando forma e dando charme pro que já foi dor...

Ganhamos a racionalidade
Exatamente para aprender a lidar com momentos difíceis,
Para torná-los mais fáceis...

(Encontrei nos meus perdidos pensamentos de 08 de Junho de 2010)

17 setembro, 2010

Os Ipês-Amarelos já floresceram

Foi com essa imagem que comecei o meu dia de trabalho na sexta-feira passada. Um belo pé de Ipê-Amarelo na porta da escola onde trabalho. Não resisti e tirei a câmera da bolsa para registrar essa imagem tão bela, como tenho feito quando vejo o sol, como quando vejo a lua.
Tenho dito que setembro despertou em mim um olhar sensível para o belo da natureza, sensibilidade essa que tem me deixado muito contente. Coincidências ou não, esses momentos de sensibilidade sempre acontecem quando estou ao lado de pessoas especiais, pessoas que partilham do mesmo olhar que eu, despertadas pelo encanto natural das coisas simples da vida.
No momento dessa foto, a Raquel estava ao meu lado também se encantou com a imagem do Ipê. Incrível como não tinha reparado nele ali antes, todo amarelo, combinando com a pintura do muro, enfeitando o céu azul, tornando o dia ainda mais belo.
Já havia reparado como os Ipês-amarelos combinados com as folhas verdes lembravam a cor da nossa bandeira, enfeitando as ruas por onde passava. Mas não sabia nada mais além de admirá-los...
Com esse interesse repentino, descobri que os Ipês só florescem uma vez ao ano, final de Inverno, anunciando a chegada da Primavera. Enchem os olhos das pessoas de esperança, de encanto, de alegria, rendem fotos, poemas, crônicas e conversas como as que tenho com a Raquel, com a Nilza, Helio e Sr. Matias.
O final de semana passou, e na segunda-feira o Ipê ainda estava lá, todo florido, todo poético. Chamei as pessoas mais sensíveis que haviam por perto pra tirarem uma foto com o Ipê. Foi uma explosão de sorrisos e encanto.
No fim do dia, antes de voltar pra casa, passei pelo Ipê. Muitas das suas flores já estavam ao chão. Um verdadeiro tapete de flores amarelinhas, que lembravam mais um tapete estampado de ouro. Não resisti e sentei no meio delas, uma colega registrou o momento, vou guardar com carinho a imagem daquelas flores que pareceram parte de mim.
Hoje o Ipê ainda foi assunto lá na escola, estava arrumando um painel (forrado com jornal) para a Conferência do Meio Ambiente 2010, quando meus olhos bateram na foto de um Ipê-Amarelo e uma crônica de Rubem Alves. Foi um empurra-empurra só entre eu e a Nilza pra devorar as palavras perdidas ali perto do cronograma. Não sabia que Rubem Alves adorava Ipês-Amarelos.  Isso só confirma que essa beleza dessa árvore toca pessoas sensíveis, pessoas especiais.
Compartilho a crônica aqui para quem quiser apreciar. Rubem Alves fotografa com as palavras, e eu sigo com minha câmera onde encontrar um Ipê.

13 setembro, 2010

Desesperate to write

Hoje cheguei com muitas ideias e coragem para escrever.
Mas o sono me consome, os olhos pesam
e simplesmente vou dormir...
Tomara que a inspiração pinte por aqui amanhã também.

12 setembro, 2010

Uma febre chamada Justin Bieber

Esse é o nome da vez. Em todo lugar onde vou ouço esse nome, garotas eufóricas o nome desse garoto que tornou-se um fenômeno na internet por suas músicas e interpretação.
Na escola onde trabalho as meninas não falam de outra coisa senão "Justin Bieber", andam com Cd's, DVD's, revistas, cards e figurinhas nas mãos como se aquilo fosse um amuleto. 
Os meninos querem ser como ele, pra isso penteiam os cabelos pra frente, vestem calças de brim coloridas e colecionam cards do ídolo.
Se pedir pra ouvir as músicas do celular de um adolescente, pode apostar que lá vai ter uma canção do Pop Boy Americano, se o menino ou menina for muito fã, é capaz de ter lá o CD inteiro, até com as entrevistas extras concedidas para o Fantástico, Pânico, Gugu, Eliana, e até o episódio de CSI onde o jovem fez uma curta participação como ator.
Percebo que a garotada não sabe cantar muito bem as músicas, mas resmungam o que sabem num inglês macarrônico, recorrendo a traduções e vídeos with lyrics no youtube. Se bem que não é preciso saber muito inglês para compreender as letras do Justin, são repetitivas e com vocabulário do nível Kids. Músicas do tipo "baby, baby, baby" e "One Time" estão na boca da galera. Onde vou escuto, na escola, fila do cinema, ônibus, em casa (minha vizinha de 12 anos é fã), na rua e na TV, na internet, onde se olha tem Justin Bieber.
Não acho graça no mocinho, nada contra quem curte, mas o fato é que o garoto está arrancando suspiro das meninas aqui no Brasil, que esperam ansiosas pelo dia do show aqui na terrinha verde e amarela.
Enquanto ele não chega, as meninas vão se informando sobre ele por meio do twitter, youtube, orkut, TV, revistas e onde quer que apareça algo sobre o cara.
Minha vizinha também é fanática. Lendo sua Yes do Mês

11 setembro, 2010

Acordei e já era setembro

É isso, acordei, olhei pela janela e vi que já era setembro. Vi também que não dava mais pra mudar o Agosto que foi, e nem dá pra ficar querendo fazer tudo como foi lá.
No final de Agosto fiz escolhas certas, demonstrei o que quis nos momentos que bem mereceram. Não me arrependo de nada. Abri os olhos para o Pôr do sol. E descobri que cada espetáculo desses merece um clique. Comecei no dia 28/8 e para minha surpresa até hoje só consegui registrar dois desses momentos diários.
Foi aí que percebi o quanto fico presa em caixas, em salas, em mim. Percebi o quanto tenho sido egoísta em não olhar o sol e contemplar a beleza que aí temos, de forma gratuita temos esse espetáculo diariamente, não paramos para ver, talvez pela correria, talvez pela insensibilidade.
E pensar que pagamos caro por entrada em exposições de artes, por filmes e peças teatrais, muitas vezes buscando ver uma paisagem bonita, quem sabe um pôr do sol pintado a óleo sobre tela...

Gosto muito do sol, iniciei o ano esperando-o chegar para saudá-lo com um  olhar sonhador à beira-mar... Valeu muito a pena, foi um dos momentos mais mágicos da minha vida.  



O Nascer do Sol sempre me inspirou muito, mas nunca tinha parado de fato para pensar na magnitude do Pôr. Ele se esconde aqui e aparece lá no Japão, onde haverá uma menina esperando ansiosa para ver tal espetáculo. Isso é muito mágico pra mim, sou muito leiga no assunto e não tenho ciência para ficar explicando uma existência que simplesmente acho linda.
Setembro me fez acordar para um sol que eu não conhecia, um sol que parte e deixa espaço para a lua, que vem trazendo seu encanto, rodeada pelo brilho das estrelas...
Coisa bela que é a natureza. Enquanto meus olhos continuarem sensíveis à esse fenômeno, registrarei com minha lente e me tornarei  "A colecionadora de Pôr-do-Sol".
Minhas duas primeiras figurinhas estão coladas abaixo, cada uma com sua história.


28/08/2010: 17h30min. Chegada na Arena Anhembi para o Show da Nova Brasil FM. Soprava um ventinho frio, anunciando que o Sol iria e a Lua não apareceria naquela noite.
29/8/2010: Parada Imigrantes em Diadema. Vista do Centro, sentido Jabaquara 17h40min. A caminho do terminal Tietê para reencontrar minha amiga e irmã Lidia.

06 setembro, 2010

Sexto Sentido...

Que sempre falha:
Sinto que não serei mais seu prêmio. Sinto que você vai me perder. E dessa vez vai ser pra valer. Porque não tô aqui pra ser seu bibelô.

 Já apertei muito esse botão de LIGA
Tanto para Ligar,
quanto para desligar
Já quis tirar você da minha estante
Mas você insiste em voltar
Com esse teu jeito manso
Me engana,
Me enrola,
Me faz Religar...

Quando ligo,
fico nos velhos programas
"Vale a Pena ver de Novo"
É o mais visto por aqui...

Ultimamente
Tô a fim de mudar de canal,
ver um filme diferente,
Deixar você partir.

Meu sexto sentido
já disse muitas vezes
que eu deixaria você ir...
Não ficaria mais em sua estante

Pra fazer esse sentido valer...
só preciso ser forte
e dar mais valor ao desejo do meu coração.

Vou ter que apelar pro sétimo sentido.


04 setembro, 2010

Dê-me Livros!

Como boa leitora que sou, não há presente que me faz mais feliz (depois de um abraço sincero e carinhoso) do que um livro.
Quando ganho um livro me torno mais boba ainda do que já sou. Faço questão de lê-lo logo e sair por aí contando a experiência da leitura. 
Lembro de três livros que ganhei da tia Lu em 2002, "Entre o Azul e o Rosa", "Beleza Negra" e "Primeiro amor". Cada um com sua particularidade. 
Entre o Azul e o Rosa (Vera Dias) era pequeno, com capa azul, me encantou pela história de amor de adolescentes e da fantasia contida na história, se bem me lembro, o rapaz da história oscilava entre o mundo real e seu mundo de fantasia. 
Beleza Negra (Anna Sewell) me fez descobrir o mundo dos cavalos, que bela e emocionante história, cheia de sentimentos e descobertas. Depois que li aquele livro, fiquei fascinada e sensível ao mundo dos cavalos, mundo esse que nunca havia me chamado atenção. Depois de um tempo, por acaso encontrei o filme, muito fiel ao livro, vale a pena ver.
Primeiro Amor, novela de Ivan Turguêniev chamou-me a atenção não só pelo fato de ser um livro bilíngue (russo-português), mas pela própria história, cheia de mistérios e puro realismo.
Esses não foram os primeiros livros que li, mas foram os primeiros que lembro-me ter ganhado de presente. De lá pra cá ganhei muitos outros, e tenho me dado alguns de presente também. Nessa lista de auto-presente já tenho: O pequeno príncipe, O pequeno príncipe para gente grande, O amor do pequeno príncipe, Romeo and Juliet, Meu pé de laranja lima, Fernão Capelo Gaivota, Feito a mão, Retratos de Carolina...entre outros.
Ganhar livros de presente me deixam assim, toda importante, percebo que a pessoa me conhece e muito bem, principalmente quando me identifico com o livro.
Os últimos que ganhei foram: 
* Pivetim (Délcio Teobaldo) - Ganhei do representante da Editora SM, depois que disse a ele que havia lido dois livros da editora com a minha querida 6ªC.  
* Flores na Chuva ( Rosamunde Pilcher) - Esse foi presente vindo de Macaé, da minha querida amiga e irmã Lidia. São contos maravilhosos, que lembram todo o romantismo das novelas inglesas.
Semana passada ganhei uma super caixa com três livros da escola. A escolha foi certeira, conquistaram meu coração à primeira folheada. Dentro da caixa tinha nada mais, nada menos que Toda Mafalda (Quino). Imaginem a minha alegria ao abrir a caixa e abraçar todas as tirinhas da Mafalda! Alegria sem fim! Não havia dito ainda, mas sou fascinada pelas tirinhas da Mafalda, tem um desse lá na biblioteca que eu vivia namorando, teve até um dia que o livro sumiu e eu fiquei louca de raiva!
Pois bem minha gente! Agora eu tenho todas as tirinhas da Mafalda aqui comigo! Ainda não tive tempo de sentar e saborear cada tirinha, quero fazer isso com total despreocupação, esse livro merece. Já fiz os agradecimentos pessoalmente para a pessoa que me presenteou com esse livro, e volto a agradecer aqui e sempre. Melhor presente do ano!
Já ia esquecendo, os outros dois livros da caixa são: Os passos perdidos (Alejo Carpentier) e Eles não usam black-tie de (Gianfrancesco Guarnieri)
Desculpem os outros, mas esse foi o Melhor presente do ano!

Agora já sabem, quer me ver pulando de alegria? Dê-me livros de presente!
P.S. Todos os links dos livros os levará até a página cadastrada no skoob.
Se quiser conhecer a minha estante virtual, clique aqui.

03 setembro, 2010

Reflexo Noturno

Olho no espelho
Olhos fundos
Mistura cansaço e anseio
Mistura-se nesse olhar uma saudade

Sei que é saudade do que ainda não foi
Uma saudade de fazer diferente
De ter forças
De acordar desse sonho doido

Esse sonho dúbio
que um dia faz os olhos brilharem
no outro são crateras profundas
Sem nenhuma expressão

Faço como Cecília,
pergunto onde andará perdida minha face
Essa aqui tem medo
tem lágrima, sono, manchas...

O que terá roubado minha face?

A luz refletida revela minhas dúvidas,
deixa à tona preocupações,
Decepções no coração,
Cansado de esperar e acreditar...

Mesmo assim não deixo de olhar
Nem de acreditar
Anseio o brilho de volta,
quem se olha não se destrói.

30 agosto, 2010

Inspiração...

Andei dizendo que minha inspiração pra escrever tirou umas férias, é fato. Peguei minha agenda de papel hoje e fiquei chocada com meses em branco, eu que sempre gostei de escrever e registrar tudo, deixei a agenda em branco desde Março.


Não sei explicar o que aconteceu. Mas saí meio que desesperada escrevendo nas páginas em branco tentando preencher os vazios que lá deixei. Em poucos minutos percebi que o esforço era inútil, pra que tentar preencher uma vida que já foi? Um vazio que está cheio de si e quer reinar soberano sobre as minhas ideias. Parei com o desespero e larguei a escrita de lado.
Talvez as páginas em branco me incomodem agora, por um lado acho que ele está lá por algum motivo. Se escrevo nas horas mais felizes, vai ver esses momentos não foram felizes.
Tenho um pouco de medo do que poderia estar escrito nessas páginas em branco. Tenho mania de comparar agendas e ver o que estava se passando na minha vida no ano anterior... Isso as vezes causa uma certa angústia, quando vejo que não aprendi com meus erros, ou que continuo igual, ou que poderia estar melhor que ontem.
Inconscientemente posso estar mudando, deixando esse hábito de lado. Não o hábito de escrever, mas o hábito de comparar vidas. Comparar passado e presente.
Se não vou escrever sobre esses momentos, o que escrever então?


Estou pensando, pra falar a verdade, ando inspirada com belezas da vida, logo mais elas aparecerão por aqui. Até lá, precisarei de conselhos sobre o que registrar na minha agenda de papel. Não vale colagem de papel de bala...isso eu fazia quando não tinha o que escrever.

19 agosto, 2010

Agosto...

Não sei como começar a escrever, de fato já comecei a minha escrita. Cumprindo um desejo dos meus dedos, começo a digitar o meu fluxo de consciência do mês de agosto.

Faz uns dias que ando sem inspiração para a escrita, mas a vontade de escrever anda me consumindo, como a vontade que consumia a Raquel da "Bolsa Amarela". Andei de dizendo que esse blog me reflete mais que meu espelho e que nas horas mais felizes escrevo... Continuo acreditando em todas essas ideias, mas não sei onde foi parar a minha inspiração se a vontade de escrever continua dentro de mim.
Não vou dizer que parei de escrever porque não estou num momento feliz, não é nada disso. Digamos que estou vivendo mais um Agosto. 
Todo mundo diz que Agosto é o mês cabuloso, aquele mês em que acontecem muitas coisas não tão boas (talvez isso justifique a ausência de inspiração).
Ah...desisti de escrever, estou perdida aqui ouvindo "A grande família".
Só sei dizer e quero deixar registrado aqui que esse agosto estava caminhando para ser como o agosto de 2009 (cheio de lágrimas e olhos inchados, espera pelo afeto e pura tristeza), mas tratei logo de mudar o destino e tomei iniciativa de resolver logo os pepinos.
Houve uma evolução na minha cabecinha de menina, que não tem mais 22 e sim 23 anos.
Isso faz uma diferença e tanto, viu!
Uma coisa é certa, quando a gente sofre uma vez, não sofre pela segunda, a vida ensina como agir, deixa a gente mais forte e cheio de coragem...
Posso até passar agosto sozinha, mas não vou passar chorando.


Vou pedir que minha inspiração volte... Logo posto algo não fluxo de consciência aqui.

15 julho, 2010

Meio dedo de prosa com Lygia Bojunga


Novamente volto a falar da Lygia Bojunga. Dessa vez venho registrar a prosa que tive com ela durante a leitura do livro "Feito à Mão".
Acredito que a conversa com o livro já começa antes mesmo de ser aberto. Olhar aquela capa, tão retrato do artesanal, tão cheia de casinhas bordadas que lembram arraiolo, olho pro título e percebo que tem tudo a ver com as mãos.
Ao abrir o livro, já encontro o recadinho que a Lygia deixou para mim "Pra você que me lê", nesse recadinho ela conta cada detalhe de como foi feito o livro, partindo das ideias, do papel, da escrita, toda a sua relação com o processo de produção.
Me senti tão cúmplice dela, que no começo queria produzir tudo à mão mesmo e depois teve que recorrer à máquina para agilizar o processo. Imagina, antes de ler o livro, eu soube a história dele, me senti parte dele, me senti íntima de tudo, tão íntima que desatei a escrever pelo livro.
Quando terminei de ler o recadinho da Lygia, assim escrevi:
Depois de 12 encontros contigo, estou aqui nessa gostosa conversa com você por meio do livro "Feito à Mão", apesar da minha pouca experiência de vida, já senti vontade de "fazer" um livro. Acredita que fiz? Enquanto lia como foi seu processo de produção do "Feito à Mão", fui revendo como um filme o ano de 2009, quando reuni memórias dos meus alunos em um livro, um não: Dois! Como produzi poucos exemplares de cada, fiz um blog para cada um, para não ficarem presos ao papel. Foi uma experiência muito emocionante, naturalmente com muitos defeitos.                                                                                                                                                  Jaque Flores, 30 de abril de 2010

 Quando comecei a leitura do livro de fato, já estava envolvida até com os pelinhos do papel, que são pra mim as impressões digitais da Lygia, que vai contando um pouquinho de sua vida, sempre partindo de tarefas com as mãos, viajei com cada palavra, cada momento descrito ali. Há um trecho no livro, que a Lygia fala do seu Projeto As Mamenbadas, um trabalho com teatro, que a levou para muitos lugares, proporcionando encontro com muitos Alguéns. "É bom quando esse encontro ocorre com uma porção de Alguéns. Mas, se um encontro assim tão especial acontece com um Alguém-só, pra mim já é o bastante: prova que eu estou em sintonia com a vida." (Bojunga, Feito à Mão, página 130)
Foi só ler esse trecho pra ir logo me sentindo um alguém que encontrou com a Lygia e escrever:
Me senti esse alguém, Lygia! Não tive um encontro contigo no palco, mas em minha casa, na biblioteca, na sala de aula, no ônibus, na faculdade, no meu quarto... Um encontro emocionante, que a cada dia que passa ganha mais significado. Essa sintonia faz parte da realidade, mesmo sem ter aparecido na televisão.

Quando terminei o livro, o som do mar ficou novamente em meus ouvidos e novamente resolvi escrever:
E agora fico aqui, Lygia... com seu balbucio ao pé do meu ouvido. Querendo ouvir mais, querendo saber e descobrir mais de você...Puxa! Me senti tão, tão perto de ti... Foi como se estivéssemos batendo papo na pracinha mais próxima de casa. Deu vontade de te contar minhas conversas, não as que tenho com meus botões, mas as que vivo levando com meu amigo imaginário, o Teobaldo. Poxa Lygia, estou agora mesmo querendo saber mais de você, mas os "Retratos de Carolina" ficaram em casa, em cima da mesa, só sei que li o comecinho, queria tê-lo aqui agora,  no ônibus a caminho de casa, nessa de ouvir balbucio com o mar, nem me daria conta do celular ligado na poltrona atrás de mim, do cheiro de cachaça do viajante ao meu lado, ou do barulho do pacote de bolachas à minha frente.                                                         Jaque Flores, 02 de Maio de 2010
E fica sempre um gostinho de quero mais nas nossas conversas, com o Feito à Mão foi assim, li em doses pequenas de dois dias para não ficar tanta saudade...Deixei o "Retratos de Carolina" para ler no recesso, como já disse na postagem anterior...Duro vai ser esperar chegar os próximos...

Referência completa do livro citado:
Bojunga, Lygia, Feito à Mão / Lygia Bojunga; 3.ed. - Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2005.

14 julho, 2010

Conversas com Lygia Bojunga

Para quem me conhece sabe da minha recente paixão pela escritora Lygia Bojunga, e sabe mesmo! Já contei aqui como foi meu "encontro" com ela, de como desandei a ler seus livros e a contaminar as pessoas com histórias que a cada dia me fascinam.
Levei a sério a história de ler todos os livros da Lygia, tanto é que esgotados os exemplares da biblioteca da escola onde trabalho e da Biblioteca Olíria, parti para a Livraria Cultura e o comprei dois livros dos 9 que ainda faltavam para ler. Isso foi em Abril, na mesma semana li "Feito à Mão", e por conta da correria do trabalho e Faculdade, guardei "Retratos de Carolina" para ler no recesso.
Hoje peguei o livro para ler e já dei conta dele, devorei cada palavra, como quem busca desvendar um enigma. Imaginei cada retrato da Carolina, cada passo da sua trajetória, cada momento de conversa com teu pai. Curti muito andar pelas ruas de Londres hoje, acompanhando a viagem da Carolina ainda adolescente.
O livro me surpreendeu muito, quando achava que a história estava no fim, aparece a Lygia e desata num papo com a Carolina, dando novos rumos para a trama.

Isso me fascina, a cada livro que leio descubro mais dessa autora, dessa mulher tão cheia de vida e criatividade. Que consegue com a maior simplicidade tratar de temas tão fortes de maneira tão leve.
É claro que fiquei querendo mais. Estou indo com calma, porque agora faltam apenas 7 livros. Não quero ler todos de uma vez, para não ficar angustiada, quero ir aos pouquinhos, de dois em dois, tenho certeza que se tivesse os sete em minha mão, lê-los-ia em uma semana...

O mais gostoso disso tudo, é que a cada livro que leio, vou rabiscando minha conversa com ela. Sempre deixo um recadinho no começo e na última página, é a minha forma leitora de ser...É como se a Lygia lesse...Depois que ela respondeu meu e-mail lá em Janeiro, dei pra conversar com ela por meio dos livros.

12 julho, 2010

Eu Torcedora,

Antes de terminar a Copa, enquanto voltava para casa, me deparei com algumas bandeirinhas que traziam estampados os anos em que o Brasil levou o Título de Campeão. Vi-me parada durante um bom tempo fazendo as conta de quantos anos eu tinha em cada título e cheguei à conclusão de que não vi nada, só vi o Brasil ser campeão duas vezes: Em 1994, quando conquistou o Tetra nos EUA e em 2002 quando trouxemos o Penta da Coreia do Sul e Japão.
Essa é a sexta Copa que acontece depois nasci, não consigo lembrar nitidamente da Copa de 1990, ainda era uma criancinha de 3 anos, não sabia bem o que era torcer, o que era uma Copa do Mundo. A única lembrança que tenho dessa época é de uma boneca que eu trazia pendurada pelos cabelos o tempo todo.
Quando o Brasil conquistou o Tetra em 1994, lembro-me claramente de todos nas ruas estampadas com a figura do cão Striker gritando É Tetraaaa! Eu já tinha uma noção, caí no meio da gritaria, pulando e gritando em comemoração ao título.
Desde então, decidi que torceria apenas para a seleção, nunca tive um time do coração, como as pessoas costumam ter (São Paulo, Vasco, Flamengo, Corinthians), sempre torci para o que ganhava, para todos, com exceção de uma época (95) em que inventei de torcer pelo Vasco (para quem não sabe, sou capixaba), porque era o time do coração do menino que era a minha paixão. Quando a paixonite passou, deixei o Vasco pra lá.
Torci em 98, mas tive que ver a França levando a melhor. 
Em 2002, morando na Bahia, acordava de madrugada para ver os jogos, subia na laje da minha vó para regar a antena e acordar os vizinhos para assistirmos aos jogos. Como trabalho para a Escola fiz com minha amiga Charlene um Álbum da Copa que levou nota Dez! O meu eu torcedora acreditou que se penteasse os cabelos durante os jogos do Brasil, levaríamos a melhor...E assim foi: comemorei o Penta com a escova de cabelo nas mãos!
Em 2006 eu já não tinha tanto tempo para me dedicar exclusivamente aos jogos, estava cursando Letras em Atibaia e trabalhando em um Salão de Cabeleireiro como manicure. Saía praticamente na hora dos jogos para assistir em Diadema na companhia das tias...era bem cansativo...Mesmo assim, acreditava que a seleção conquistaria o Hexa! Lembro que fui ver o Brasil perder em Santos...
Esse ano (2010), vi mais uma vez o Brasil voltar para casa de mãos vazias... Em compensação conheci a vuvuzela (ver jogos com moscas fazendo zum zum zum), graças a Deus não vimos o Maradona pelado e assisti três jogos do Brasil com uma torcida diferente, a torcida do twitter!
Próxima Copa Promete, será aqui no Brasil. Será que em vez de vuvuzelas teremos berrantes nos estádios? Tomara que não. Já não sei mais nada quanto ao hexa, tomara que apareçam bons jogadores daqui até lá e um treinador que coloque os rapazes com vontade de defender nosso título e não deixar que vá embora nossa chance de vencer!
Uma coisa que queria: que o saci fosse nosso mascote! Já pensou? O saci todo de verde e amarelo, que coisa mais patriota? Mas...do jeito que o povo tá amando o Dunga, pode ser que escolham os sete anões!

Com Dunga ou com saci, estarei torcendo, já que sou uma torcedora a nível nacional, terei fôlego suficiente para gritar e pular em 2014.

02 julho, 2010

O silêncio da Nação

"Só uso a palavra para compor meus silêncios." (M. de Barros)

 Acordei hoje com sons de vuvuzelas e fogos, liguei a TV aos nove minutos do primeiro tempo na partida entre Brasil e Holanda nas quartas de final.
Um minuto e meio depois de ter ligado a TV, Robinho faz um gol e o som das cornetas e fogos se instalam na vizinhança...o barulho na TV aumenta ainda mais.
Assistia confiante, lavando a louça, tomando café e twittando.
Segundo tempo. O barulho foi embora no momento em que os laranjas da Holanda marcam dois gols. Para decepção da torcida brasileira, o primeiro gol contra (marcado por Felipe Melo).


Não chorei, mas fiquei triste, quieta e apenas observando os últimos movimentos nervosos da seleção. Os jogadores estavam nervosos, até expulsão teve. O segundo tempo voou, totalmente diferente do primeiro (que se arrastou...)
É Brasil. O sonho do Hexa em 2010 fica por aqui. Derrotados nessa etapa, os jogadores voltam para casa e o país volta ao normal.
Silêncio da nação, já senti esse vazio e decepção antes. Agora o clima é de torcida e esperança (curiosidade) para o próximo evento que será daqui a quatro anos (aqui no Brasil).
Reza a lenda que o Brasil não podia ganhar na África, porque vai ganhar aqui. É o que espero. Pior que perder na África para a laranja irritante, é perder em casa.


Não vou torcer para mais ninguém. Volto a ser a menina normal que não assiste futebol. Só vejo futebol a cada quatro anos que é pra evitar a fadiga. Vou guardar as energias para 2014.
É um jogo, todos querem a vitória. Alguém tinha que perder, mas a gente nunca quer que seja O BRASIL. 
Vou colocar a culpa na camisa azul. Alguém precisa levar a culpa.

28 junho, 2010

BR 6

Brrr
Bra
Bra Bra Bra
Braços juntos...
Bravos cantando...
Bradando o hino...
Broncas da torcida, do técnico,
Bruscos chutes a gol
Brilho nos olhos...
Brutos árbitros a julgar
Brutamontes a driblar,
Brincam com a bola nos pés...
Brechas abrem até ao gol chegar...
Brigando pela vitória,
Brincando com a Jabulani
Brasileiros vão passando...
Bruscamente a torcida agita,
Brotam dos olhos lágrimas
Brilhando a face crente do povo
Breve minuto de Silêncio
Brasil faz mais um GOL...
Bra Bra
Brasil nas quartas...

Bring the Hexa Brasil!

21 junho, 2010

"Da energia se fez a vida"

Essa imagem é simplesmente demais, o texto (publicado em uma revista) é encantador.
Fico pensando na beleza e mistérios da natureza.
O homem não entende e por mais que tente, não consegue vencer a força da natureza.
Como é que pode? Um Ipê (arrancado para ser poste) florescer...

Não se preocupe em entender. Apenas admire!

17 junho, 2010

Sarau de Junho

Depois de menos de um mês da grande emoção vivida no Sarau da Olíria, voltei à Biblioteca Olíria de Campos Barros para o sarau de Junho.
O tema? Sarau Junino, e ninguém mais que Patativa do Assaré e Luiz Gonzaga para enfeitar esse momento graciosíssimo.
Um poeta popular local nos deu a alegria de sua presença e dividiu conosco a sua experiência vivida ao lado de Patativa...
Dessa vez não fui sozinha, levei comigo o Gustavo e a Andressa, os dois se renderam ao sarau e querem  voltar...Ficaremos aguardando Julho chegar, lá teremos poemas de Cora Coralina e músicas de Noel Rosa...

Não vejo a hora!

10 junho, 2010

De montão

Para os admiradores de Doritos, Baconzitos e Ruffles, chegou De Montão!
O salgadinho que é tudo isso junto! Maravilha, você não enjoa e varia...
Para quem gosta de variar um pouco ou comer tudo ao mesmo tempo.
Cá pra nós, quem inventou o salgadinho de pacote roxo deve ser um desses que curte variedade!
Aprovei a ideia, comi hoje e indico, vá ao mercado e coma De Montão!


Fui ao mercado e na fila encontrei #DeMontao Pacote de salgad... on Twitpic

08 junho, 2010

Ser de Gêmeos

Quem é de gêmeos sabe e entende tudo o que um geminiano vive.
Geminianos amam demais, mas quando não gostam, sai de baixo!
Toma bronca logo de cara e não tem meio termo.
Apesar das alusões a duas caras, a geminiana Flowers não sabe e não consegue ser falsa.
Nessa face de gêmeos, as emoções são transparentes.
Quando é feliz é feliz, e todo mundo vê...
quando chora, chora e haja baldes para tantas lágrimas. (Piora quando é TPM).
Geminiano gosta de se ocupar, vive ocupado, lendo, pesquisando, conversando, escrevendo e trabalhando em novos projetos.
Geminiano não gosta de deixar as pessoas sem atenção, gosta de se relacionar bem com as pessoas, apesar de não ter um grande círculo de amizade, os poucos que tem são pra todas as horas.
Geminiano é sensível, as vezes carente e vive se apaixonando (embora sejam paixões duradouras, mas quando passam, passam de verdade).
A geminiana aqui gosta de recordações, mas não gosta de voltar no tempo com histórias que não valem a pena, vive indicando bons livros e filmes, e vive se encantando com tudo que tem um toque de poesia.
Ser de gêmeos faz de mim essa imensidão, essa infinidade de ser que sou a todo instante: menina, mulher, velha, doida, caduca, séria, chata, sem-graça, escandalosa, tímida, prestativa, perfeccionista, bagunceira, ocupada e enrolada com o tempo...
Ser de gêmeos me faz essa pessoa que não sabe perdoar, porque não sabe mais o que precisa ser perdoado,
Ser de gêmeos me faz rir do que já chorei e achar toda tempestade um exagero de menina boba e ingênua. Ser de Gêmeos me faz ter pensamento com razão e o desejo de ter toda a razão para mim.
Mas é sendo de Gêmeos que reconheço meus erros, peço desculpas e continuo a caminhada ou me permito começar tudo de novo.
Ser de Gêmeos me torna assim: com direito a respeito e atenção, me acho no direito de ser ouvida, porque estou sempre ouvindo todos os signos. Ser for ouvinte de outro geminiano, a atenção é dobrada (Geminiano adora falar!)
É fácil ser de gêmeos, gêmeos sabe perdoar os erros das pessoas, mas está sempre aprendendo com esses erros. Perdoa, mas não esquece, que é pra servir de exemplo para a próxima aventura.
Geminiano faz conta de coisas que parecem bobas, mas são essas pequenas coisas que o geminiano valoriza. Não desrespeite um geminiano. Se o desrespeitar, saiba ser humilde e reconhecer seu erro, se não fizer isso, vai ficar para sempre com a fama de prepotente e insensível.
Ser de Gêmeos me faz viver assim, intensamente a cada instante, cada momento é um grande evento, uma grande estreia, uma grande emoção.
Não se preocupe em entender, só quem é de gêmeos entende...Só quem conhece a Flowers entende.

04 junho, 2010

Patativa do Assaré

 No dia em que estive no Sarau da Olíria, meus ouvidos foram agraciados com o lindo e triste poema de Patativa do Assaré "A morte de Nanã"
Não sei o nome da moça que o declamou, mas aquele momento foi tão marcante, que o poema ficou em minha cabeça.
Hoje, na biblioteca da escola, estava lendo "A bolsa Amarela" para uma aluna, e meus olhos encontraram em uma prateleira, o livro "Cante lá que eu canto cá".
Peguei o livro e logo reconheci o poema lido no sarau pelo título, comecei a lê-lo e me senti envolvida por essa trova tão tocante...
Li na biblioteca, depois fui ler na sala dos professores, li na secretaria e no ônibus tive a ideia de gravar o poema na minha voz (apesar de não ser bela como da moça de voz assotacada), gravei assim mesmo...
Procurando imagens para meu vídeo caseiro, encontrei um vídeo em que o próprio Patativa fala seu poema, uma beleza. Vou eternizar esse momento aqui com os dois vídeos, um na minha simples voz e o outro com o cordelista estonteante que foi Patativa do Assaré.

A minha interpretação da Morte de Nanã









Ouça "A morte de Nanã" na voz de Patativa do Assaré





Patativa do Assaré
Homem de muita fé
Suas palavras deixô
Pra que essa nação sentisse
Que tudo o que ele disse
Foi verdade sim Sinhô

O homem morreu pobre
Deixou sua históra
Pra quem não tiver memóra
Abrir o livro e ver

Que a vida do sertanejo
Apesar de todo desejo
É cheia de muito sofrer...

Jaqueline Flores

29 maio, 2010

Montanha, minha Terra...

 
Ah, essa vista!
Essa letra M...
Me diz tantas coisas,
Traz tantas lembranças...
Quase ninguém a conhece,
Esse símbolo, 
Essa Cidade,
Essa Montanha...

Vista simbólica da minha Cidade Natal, lá no ES, onde há 23 anos eu era um bebê recém nascido.
Curiosamente, minha cidade tem a mesma letra de maio e de Maria, minha querida mãe.
Passei pouco tempo da minha infância em Montanha, antes de completar dois anos de existência minha mãe mudou-se para a cidade onde vive minha avó paterna, Teixeira de Freitas (BA).
Depois de completar 3 anos fomos viver em na Grande Vitória (ES). Só voltei a reencontar essa paisagem da minha cidade aos 12 anos, onde vivi bons momentos, de onde guardo boas lembranças do início da minha adolescência.
Recordo com carinho das pessoas, das ruas, praças e passeios de bicicleta.
Estudei a sexta e a sétima série no Colégio Domingos Martins e tive aulas de Matemática com a Professora Iracy Baltar, a mesma que hoje administra a cidade (me enche de orgulho saber isso).
É uma pena não ter acompanhado as eleições de 2008, teria aprendido todas as musiquinhas da sua campanha. 
Ainda lembro as que aprendi em 2002, quando quem ganhou foi Hércules Favarato.
Tenho saudades da minha cidade, é lá que mora a minha mãezinha e as minhas mais bonitas lembranças, sem falar nos causos do meu avô Firmino.
Espero visitar em breve a minha mãe, e relembrar com carinho meus momentos Montanhenses.
Vai ser difícil olhar para a rua Rui Barbosa e não lembrar do meu avô contando suas histórias na calçada, com sua xícara de café nas mãos, dando bom dia e dizendo quem passou...

Quando bate a saudade de Montanha, procuros informações na internet, não encontro muitas coisas, mas o pouco que encontro já me enche de alegria, aviva minhas lembranças. Segunda-feira passada foi um dia desses, encontrei um vídeo de um bairro onde morei (Lajedo), com imagens do rio onde eu tomava banho e lavava as louças de casa e onde quase morri afogada. O vídeo mostra o rio transbordando, uma bravura só da natureza.

Verdadeiro dilúvio...teria ficado com medo se estivesse lá...

Encontrei também um vídeo que homenageia a cidade, devo parabenizar a autora do vídeo, fique com saudades e com desejo que chegue logo o final do ano, para visitar minha querida cidade...
Não estou com saudades do passado, apenas com saudades de um lugar que existe e que merece lugar em meu coração.
Depois que revisitar Montanha, colocarei informações no blog, nunca mais haverá escassês de informações sobre Montanha na internet. Todos ficarão com vontade de ir até lá.
Encontrei um site que tem informações sobre a cidade, com um bom acervo de fotos, dá pra ter uma boa noção da cidade também, apesar de não terem colocado fotos da parte baixa de Montanha, está valendo. Eu coloco quando estiver na cidade. Valeu Antonioni!


Créditos à Cida, Parabéns pelo vídeo e obrigada por compartilhá-lo!

28 maio, 2010

Maio

Maio é um mês que gosto muito. E não é porque é o mês em que nasci, que comemoro aniversário, mês das noivas, das mães ou mês em que ainda não começou o inverno e ainda é outono.
Gosto de Maio por que é nele que de repente nasce uma flor (a gente nunca espera, porque a Primavera já foi), de repente o sol fica alaranjado e o céu cor de rosa quase vermelho...
Gosto de Maio porque a gente fica pensando que o ano já está quase no meio, mas ainda vai demorar oito meses até terminar...
Maio é assim, a minha cara, deve ter algo de poético nesse mês...
Caso contrário não haveria tanta coisa com nome de Maio: Flor de maio, Aquela embarcação Mayflower, inspiração para os poetas...
Maio é poético mesmo, pelo menos pra mim.

Apesar de ter nascido no finalzinho de Maio (hoje:28), considero o maio todo meu...assim todo Flowers.
Não queria ter nascido em outro mês.
E para confirmar algo mais de maio, deixo aqui a música  na bela voz de Paula Toller


Maio,
já está no final, mas ainda dá tempo de nascer alguém, de comemorar mais um dia, de conquistar um sonho, de sorrir e receber abraços!
Dá tempo de conhecer pessoas, de criar um poema, participar de um sarau e cantar a música que embala seu coração!
Faça do seu Maio uma poesia, não espere Junho chegar!

27 maio, 2010

Ano Par...

Não é uma teoria pronta,
apenas uma ideia,
uma ideia que surgiu aqui agora, preciso investigar pra confirmar as hipóteses.
Andei pensando que nos anos pares começo um projeto e no ano ímpar o concluo.
Foi assim com muitas coisas (TCC, cursos, Telecurso Tec, mudanças)...
Esse ano (2010) estou em mais um Projeto (PUC), e ano que vem termino...

Gosto dos anos pares, é neles que tenho idade ímpar.
É...daqui a pouco um patinho sai da lagoa para dar lugar ao número 3.

E soprarei 23 velinhas,
muitas?
Não perto da vontade que tenho aqui de viver,
Será preciso outras muitas 23 velinhas para realizar todos os desejos que tenho.

24 maio, 2010

Vacina Influenza H1N1

Não queria tomar, ouvi tantos boatos que quase me convenceram a não tomar a vacina...
Primeiro as justificativas sobre a existência, depois a campanha publicitária...
acabei tomando.

Fiquei uma semana de cama. Reação foi feia. Febre, tremedeira, dor de cabeça e mal-estar.

20 maio, 2010

Sarau na Olíria

Fim de noite
volta pra casa
menina com pressa
espremida no metrô
Cochilo no ônibus...

Compras no shopping:
Papel...CD...papel...palavras
livro para presente...

Come o lanche que viu ontem na TV
Deixa a Coca,
era muito.

Volta ao caminho,
Dessa vez andando,
saltitante,
Músicas a seus passos embalar...

Passa no mercado,
apanha a Revista mensal,
vai lendo...
O sorriso vira gargalhada,
A crônica se mistura à música,
ao riso...

Passa diante da Biblioteca.
A porta está aberta,
bate a curiosidade:
"O que tem aí?"
"Sarau..."

A menina que nunca viu um...
Sobe as escadas
e se encanta...
Sarau na Olíria,
Quero isso todo dia!
Jaqueline Flores


Momento de muita alegria vivido no que era pra ser o final da minha noite de quinta-feira,
voltando de mais um dia reflexivo e emocionante na PUC.
São essas pequenas alegrias que carregam minha vida de poesia e inspiração.
Entrar na livraria, escolher um livro para presente,
ouvir O teatro Mágico,
Ler a crônica da Lúcia na Revista da Coop
eram só um pretexto...
Sumiu a pressa,
em lugar dela, surgiu uma porta aberta, pessoas em roda, livros no chão e poesia no ar...
Patativa na voz "assotacada" da mulata,
O batom no rosto da dançarina, 
o brilho nos olhos de cada vida ali presente,
senti emoção,
esboçada em riso, em suor, em tremor,
meu coração há muito não batia tão acelerado,
escrevi esse poema enquanto meus ouvidos eram amaciados pelas palavras lidas de Cecília Meirelles,
Quando li,
voz embargada e firme, mãos trêmulas,
olhos surpresos ao redor,
ao fim...aplausos e olhares de alegria e lágrimas de emoção.

Sabia de Sarau na teoria, 
mas não há teoria que pague esse momento tão único, 
tão poético...
Se Sarau é tudo isso que vivi hoje, 
Só sei que agora quero isso todo dia!