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18 setembro, 2013

Leitura de Setembro¹

"Ana e Pedro - cartas" de Vivina de Assis Viana e Ronald Claver

Trabalhando cartas com o sexto ano, encontrei no livro didático uma carta de Ana para Pedro. Carta de uma desconhecida para outro desconhecido. Li a carta para os alunos, pedi que respondessem no lugar do Pedro...Achei que a história pararia aí, mas não foi bem assim.
Quando estávamos na sala de Leitura, encontrei o livro com TODAS as cartas escritas pelos dois jovens. Não resisti e peguei para ler. Li mais ou menos duas cartas e emprestei o livro à uma aluna que também ficara curiosíssima, com os olhos vidrando de vontade de ler as cartas. Emprestei porque estava terminando de ler umas crônicas do Carlos Drummond.


Cartas de Ana e Pedro me fizeram lembrar muito das obras da Lygia Bojunga, a linguagem poética do Pedro muitas vezes me fez pensar que eu estava a ler uma das encantadoras histórias da Lygia. Aquelas cartas me prenderam de tal forma, que eu queria brigar com o tempo para continuar lendo, esqueci até os joguinhos viciantes do celular... só queria saber o desfecho do diálogo entre os dois adolescentes...
A comunicação dos dois me inspirou tanto que resolvi propor um intercâmbio de cartas entre turmas de diferentes escolas. (Está acontecendo de um jeito muito engraçado).
Sempre amei escrever cartas, desde menina trocava cartas com as coleguinhas que deixava em cada escola que passava. Escrever uma carta desperta sentimentos ímpares: a espera pela resposta trazida pelo carteiro, o momento da abertura da carta, a leitura, as descobertas, o momento para processar as respostas e sentar para escrever é para mim, um ritual mágico.
Esse lance de trocar cartas é uma experiência incomparável. Só quem já viveu saberá entender a ansiedade desses dois adolescentes nessa comunicação que hoje já não é tão comum.
Terminei o livro e fiquei com aquela sensação de "quero mais"...queria saber se continuaram se escrevendo, se conhecendo...queria saber o futuro dos dois...
Adorei a leitura e indico para pessoas curiosas, que adoram ler cartas e saber como acontecem relacionamentos de modos não convencionais!

17 setembro, 2013

Flowers Leitora

Sempre gostei muito de ler, desde pequena devoro livros como quem busca uma resposta (parafraseando Lygia Bojunga). Desde que aprendi a ler, levava mais de quatro livros por semana para ler em casa. Os livros sempre me fascinaram, sempre me encantaram. O livro foi sempre meu companheiro, passatempo predileto, atividade para todas as horas. 
Uma atividade que eu queria compartilhar, antes mesmo de aprender a ler, vivia "lendo" para minha irmã e para minha mãe. Até hoje elas se recordam das histórias que de tanto ler, gravei na cabeça e vivia repetindo-as...Era a história dos irmãos patinhos Lino e Dino que tinham um pirulito a repartir "O pirulito do pato" de Nilson José Machado , o poema "Visitas" de Pedro Bandeira e uma série de músicas e textos que faziam parte do acervo de livros didáticos de língua portuguesa que eu colecionava. 
Sempre na hora das mudanças (mudávamos frequentemente de casa), as minhas caixas de livro eram o problema. Quando tive que definitivamente abandonar meus livros, chorei demais.
O livro ainda faz parte da minha vida, não apenas como professora, leio por prazer, por alegria, curiosidade, por sede... O impasse é que não consigo dar conta das minhas leituras, estou sempre lendo dois ou três livros ao mesmo tempo. E é sempre a mesma saga, se eu gosto do jeito do livro, já quero sair lendo pra todo mundo, fazendo propagandas pra cima e pra baixo! Quem me conhece sabe que é assim mesmo, acho que chego a ser chata com esse lance de apresentar livros e autores! Não tem jeito, não consigo guardar a sete chaves o encantamento que sinto pelo livro. Sinto necessidade de compartilhar!
Pretendia propagar duas leituras que terminei ontem e hoje ao começo dessa postagem, mas acabou ficando registrado aqui um pouquinho do meu histórico como leitora...Falarei sobre os livros nas próximas postagens!
Até lá!
Minhas duas últimas aquisições - o 1º será leitura inédita,
 o 2º vou ler para meus alunos do EM- li em 2011

01 julho, 2013

A chuva na visão da Flowers

Hoje venho falar de um fenômeno que tem provocado adrenalina em mim: A chuva!
Sempre gostei muito da chuva, quando criança, adorava o banho natural que ela me proporcionava. Chuva de Primavera, chuva de verão, as águas de março sempre me fazendo dançar e cantar.
Na adolescência meu relacionamento com a senhora chuva mudou um pouco, principalmente depois do dia em que fui carregada pela enxurrada ladeira abaixo, a partir daí a chuva, que antes me causava alegrias, começou a causar medo. Quando começava a cair, logo se formava em minha mente a imagem da enxurrada me carregando.
Além desse fato inesquecível, a chuva já esteve presente em muitos momentos da minha vida: a chuva já alagou minha casa, já molhou minha cama, já furou o telhado e deixou a casa lotada de goteiras. A chuva já me prendeu em casa, já me deixou na rua (sem transporte pra voltar pra casa), já molhou a horta da minha mãe e fez os legumes e verduras prosperarem...
A chuva já alagou os galinheiros da minha mãe e matou os pintinhos recém-nascidos, a chuva já levou impurezas e trouxe a esperança para dias há muito secos. A chuva já molhou meu cabelo recém escovado, revelando os cachos rebeldes que eu tentava esquecer... Já molhou meu sapato, minha meia, meus cadernos e livros... 
Não estou culpando a chuva pelo meu constante estado de ensopada. Afinal, se eu estava na chuva, era pra me molhar. Não tenho pavor ou raiva da chuva, mas a respeito, porque não dá pra brincar com sua força. 
Comparo a força da chuva com a força do mar. É bela, é encantadora, mas de mansinho te joga na enxurrada.
Imagem da internet


Nos últimos dez meses minha relação com a chuva mudou um pouco. Tirei minha habilitação A e B ano passado e desde então sou uma motociclista ativa. Uso a moto para ir de uma escola para a outra. Quem é motociclista sabe quão difícil é andar na chuva.
Nesses dez meses como motociclista já caí três vezes na chuva com a moto, mas não desisto, é uma adrenalina a mais todos os dias que preciso sair de moto e vejo a chuva caindo. 
Vejo a chuva, fico tensa, vou pilotando e pedindo pelo amor de Deus pra moto não escorregar, pra eu não cair e muito menos precisar frear de forma brusca.





17 maio, 2013

É assim que escrevo

Ah...a escrita! Desde que me entendo por gente ela faz parte da minha vida. Antes mesmo da escrita convencional, eu já adorava fazer garatujas pra minha irmã ler. 
Depois de alfabetizada vieram os caderninhos com versinhos apaixonados, as cartinhas para as professoras e para as muitas amiguinhas que eu deixava para trás a cada mudança de escola. Sempre cercada por livros, cadernos, canetas, adorando as palavras e plantando-as no papel.
Escrever pra mim é um gosto que tenho desde sempre, ultimamente tem faltado tempo e motivação para praticar a escrita, o que me deixa um pouco desolada, porque gosto de escrever e quando começo não quero mais parar.
Engraçado lembrar da minha infância cercada de livros e cadernos, sempre tive um jeito muito particular de escrever. Jogada no chão, muitos cadernos e livros em volta, cercada por palavras, sentia-me uma ilha, ali eu navegava sem pressa, tão despreocupada que muitas vezes acordava com minha mãe me chamando para a cama, dormia com os livros, essa era uma cena constante.
Essa cena da infância veio-me à memória agora porque mês passado estava eu desesperada escrevendo meu artigo para o Curso de Pedagogia, "como sempre, deixei para terminar em cima da hora", peguei-me cercada pelos livros, aquela cena me fez lembrar na hora as minhas manias de infância.  A única diferença é que não estava no chão e estava escrevendo no computador.
Não perdi minha mania de cercar-me por livros, mas fazia tempo que não me pegava assim...foi tão bom relembrar, fiquei tão nostálgica que até tirei uma foto.
Se eu soubesse que a escrita me acompanharia por tanto tempo, teria guardado meus cadernos da adolescência, era lá que eu traçava metas, desabafava e colocava as inspirações diárias. O último que me recordo, era um caderninho de capa cinza, encadernado, 48 folhas. Escrevi nele todo, mas deixei-o na casa da minha vovó quando vim morar em São Paulo. Queria muito encontrar com aquela escrita de dez anos atrás. Só pra entender porque é que assim que escrevo.
Eram mais de dez livros me cercando - foi bom relembrar

04 abril, 2013

O livro Infantil e a formação do leitor - mais uma leitura cativante


Em pesquisa para escrita de um artigo sobre leitura nas séries inicias, encontrei esse livro da Maria Dinorah, até então desconhecida pelas minhas retinas.
Livrinho fininho, cativante, que fala de maneira leve e gostosa da situação do livro e da literatura infantil no nosso país desde a época em que ainda não havia literatura para os pequenos.
Em meio à poemas e cartas de pequenos leitores endereçadas à Dinorah, fui aprendendo como o livro infantil ganhou espaço aqui no Brasil - famoso por festas, batuques, simpatia e alegria, exceto por literatura infantil.
Refleti sobre meu eu leitor, sobre como comecei a trilhar esse caminho, sobre a forma como influencio minhas crianças que já não são tão crianças (e isso me faz lamentar, ao pensar que se os encontrasse mais cedo, poderia contaminá-los um pouco antes com a magia da leitura), pensei na minha missão como formadora de leitores, e é isso que tenho sido, de forma pequena, com trabalho de formiguinha, mas que gera resultados que de vez em quando me emocionam e não me deixam perder a esperança, dando-me forças para continuar. Numa disputa diária, já que o livro concorre com as mídias e todo o avanço da tecnologia, deixando de ser tão atrativo para a infância de hoje, bem diferente do que foi pra mim, o livro povoou a minha infância inteira e me inspirou nessa missão de ser professora.
O professor, a família, todos tem grande influência na formação de uma criança leitora, mas o livro precisa ser bom, precisa não ser imposto, há de haver aquele momento único, mágico ao qual chamamos de CATIVAR.

"O livro infantil e a formação do leitor" é muito bom, deve ser saboreado por aqueles que tem curiosidade sobre como nasce um leitor e saber como o livro infantil ganhou espaço em nosso país.

11 janeiro, 2013

Poema receita


Olha só minha amiga

Você que sofre com a invasão 
De formigas intrometidas
Que atacam sua cozinha 
Comendo seu doce e seu pão,
Anote essa dica
Arraze tem a solução 
Pra expulsar as formigas 
Basta essa simples injeção 
Acaba com as doceiras
com as operárias caseiras,
Até a excelentíssima rainha 
Vai parar com a procriação.

Eu usei e funcionou
O que você tá esperando?
Paguei só R$7,90
E o sofrimento acabou!
(Jaque Flowers)